A sociedade está preparada para a paternidade ativa?

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Da redação Publicado em 08.08.2016

Resumo

Existem mudanças de atitudes e pensamentos que a sociedade pode adotar, passando a enxergar os homens como responsáveis no cuidado das crianças.

Nos últimos tempos, temos visto o crescimento da discussão de que é preciso envolvimento de toda a família para que as crianças se desenvolvam integralmente. A recente aprovação do Marco Legal da Primeira Infância é um dos passos importantes no âmbito da política pública para incluir ainda mais os pais nos cuidados dos filhos. Com a aprovação, as empresas que optarem por participar do programa “Empresa Cidadã”, passam a oferecer aos funcionários 20 dias de licença paternidade.

Mas, além das questões legais, existem pequenas mudanças de atitudes e pensamentos que a sociedade pode adotar, passando a enxergar os homens como responsáveis na, tão difícil (mas incrível), tarefa de criar filhos.

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Para empoderar os pais, precisamos responsabilizá-los

É o caso do emprego constante da expressão “mãe é mãe”. O uso repetido dessa expressão direciona, apenas às mulheres, os cuidados com os pequenos.  Nos consultórios médicos e hospitais também. Já reparou que os médicos e recepcionistas tendem a chamar a “mãe da criança” na hora do atendimento? Não está na hora de considerar que pais também levam as crianças ao médico?

Outra situação que sempre acontece e com certeza você já vivenciou: tem uma criança ali no cantinho aprontando ou fazendo bagunça, qual a primeira pergunta que fazem? Cadê a mãe dessa criança? Lembre-se que a criança pode ter um pai responsável e ele também quer ser solicitado.

E na escola, os bilhetes e agendas são geralmente direcionados para quem? Para as mães, não é? Incluir os pais nesse processo é também reconhecer a importância de sua atuação.

Para encerrar, vale citar a grande discussão dos trocadores em banheiros masculinos. Com os pais dividindo realmente os cuidados e não apenas ajudando as mães, os estabelecimentos comerciais precisam se adaptar.

Um bom exemplo de ação para reverter o fato de a sociedade não ver os pais como igualmente responsáveis pelas criança vem do Chile: uma instituição que reúne mais de 50 creches criou o Guia da Paternidade Ativa, que contém orientações para desconstruir a reprodução de estereótipos de gênero, que impõe papéis específicos a homens e mulheres, na educação dos filhos.

Neste dia dos pais, que tal, todos juntos, revertermos esse cenário?

[leiamais tit=”#DeveresIguais”] Huggies, assim como o Lunetas, acredita que a parentalidade, ou seja, a divisão dos cuidados dos filhos entre pais e mães, é um direito e um dever de todos, que beneficia as  crianças, famílias e a sociedade. Essa matéria faz parte de uma série de artigos produzidos em conjunto para levar essa reflexão a ainda mais pessoas. Participe desse debate você também, usando a hashtag #DeveresIguais.[/leiamais]

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