Professor não quer arma: campanha debate violência nas escolas

Campanha #ProfessorNãoquerArma acontece nas redes sociais no dia 15, sexta-feira, a partir das 14h

Da redação Publicado em 15.03.2019
Ilustração de um punho com a mão fechada em preto e branco, segurando três canetas
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Resumo

Criada pelo Instituto Sou da Paz, a campanha defende que a posse de armas não resolve os problemas de segurança na escola.

Na manhã de quarta-feira (13), dois jovens entraram armados na escola estadual Raul Brasil, em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, e efetuaram disparos que deixaram mortos e feridos, entre alunos e funcionários. Por conta do ocorrido, o assunto segurança e violência nas escolas estão entre os debates pautados no momento.

Nesse cenário, o senador Major Olímpio (PSL-SP) reproduziu a  que os professores deveriam estar armados em sala de aula.  “Se os professores estivessem armados, e se os serventes estivessem armados, essa tragédia de Suzano teria sido evitada”, disse Olímpio durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do dia 13 de março.

O Instituto Sou da Paz, que há mais de quinze anos trabalha para reduzir a violência no Brasil, articulou com professores a campanha #Professornãoquerarma para debater sobre a violência nas escolas. “A ideia é tentarmos fazer subir nos trending topics do Twitter a hashtag para propormos uma reflexão que não são as armas que vão resolver problemas de violência hoje, no Dia da Escola”, diz a organização.

Posse de armas no Brasil

Em janeiro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que flexibiliza a posse de armas no país. O decreto n° 9.685 alterou regras previstas em um decreto anterior, de 2004, que regulamentava o Estatuto do Desarmamento, de 2003. A nova norma torna menos rígidos os critérios para alguém solicitar a posse de arma de fogo, ou seja, para mantê-la em casa ou em estabelecimento comercial do qual seja proprietário.

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