Ministério da Saúde não recomenda polvos de crochê para bebês

Os polvos precisam passar por um rígido controle hospitalar para evitar infecções

Da redação Publicado em 28.04.2017
Polvos de crochê

Resumo

Apesar de fofos, o polvo de crochê pode ser nocivos para os bebês prematuros. Entenda o porquê.

Uma experiência muito fofa que surgiu nas maternidades na Dinamarca: bebês prematuros com polvos de crochê feitos por voluntários e começou a ser difundida no Brasil no começo deste ano. O acessório ficou conhecido por deixar os pequenos que nasceram antes do tempo mais tranquilos, pois os tentáculos reproduziriam o cordão umbilical e o ambiente seguro do útero da mãe.

Em uma nota de esclarecimento publicada na última terça-feira, 25, o Ministério da Saúde afirmou que não recomenda o uso dos polvos com fins terapêuticos. A instituição explicou que, obviamente trazem benefícios, mas precisam passar por um rígido controle hospitalar para evitar infecções.

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Reprodução/mynomadhome.com

Projeto Octo costura e doa polvos de crochê para bebês prematuros em UTIs neonatais na Dinamarca.

“Foi divulgado pela mídia, que o contato do recém-nascido com tentáculos do polvo simulariam o contato do bebê com o cordão umbilical intraútero. Contudo, as evidências mostram que o cordão umbilical, a placenta e as paredes uterinas oferecem outros estímulos e sensações (cheiro, sons, texturas, umidade e o pulsar). Além disso, o recém-nascido, ‘senhor de seu corpo e suas sensações’, sabe que o ambiente se modificou. O ritmo do corpo materno já foi perdido (Montagner, 2006), podendo ser parcialmente recuperado já que se oferece de outra forma, através da posição canguru”, informa a nota divulgada pela Coordenação do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do MS, em resposta aos questionamentos da Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno.

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