Material pedagógico leva ‘As tranças de minha mãe’ à sala de aula

Atividades e recursos educativos visam expandir a experiência de leitura das crianças

Da redação Publicado em 03.06.2022 Atualizado em 28.09.2022
Na ilustração, o rosto dos personagens Najima e Akin, mãe e filho. Najima é uma mulher negra que possui tranças chanel na cor marrom; Akin é um menino negro com cabelo black. A imagem possui intervenções de rabiscos coloridos.
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Resumo

Em “As tranças de minha mãe”, a história de Akin e Najuma vira possibilidade pedagógica em material desenvolvido por educadores.

Escrito pela doutoranda em crítica cultural Ana Fátima e ilustrado por Quezia Silveira, “As tranças de minha mãe” (Ereginga Educação) nos apresenta Akin, um menino negro vivendo em um ambiente cheio de amor, positividade e criatividade. A partir dos símbolos apontados por sua relação com a mãe, Najuma, a obra busca contemplar a africanidade do nosso dia a dia e as identidades que promovemos, por meio de autoconhecimento, autoamor e construção de identidade.

Para levar a força de Najuma e Akin para além da leitura em casa, o educador Jonathas Sant’Ana desenvolveu um material pedagógico com atividades baseadas na obra, em que propõe aprendizados voltados à alfabetização, ensino de matemática e jogos. A consultoria é de Nini Kemba, Taisa Ferreira e Carla Souza. 

Entre as atividades, algumas das propostas são a pesquisa pelo significado do próprio nome (para compreensão de toda a bagagem cultural que ele carrega); apresentação a instrumentos africanos e a elementos como os búzios; e uma pequena imersão nos costumes da Nigéria e sobre o povo iorubá.

Para trabalhar “As tranças de minha mãe” além da alfabetização, o material traz à tona o paradigma da afrocentricidade, conceito pautado pelo filósofo Molefi Kete Asante. A partir da reflexão, as crianças têm a chance de criar percepções comprometidas com o continente africano, seus elementos culturais e com uma nova narrativa da história do continente, que nunca foi priorizada na educação hegemônica.

* O material foi produzido por AMANDLA, iniciativa que realiza pesquisas, oficinas e recursos pedagógicos, com o propósito de potencializar experiências de aprendizagem sobre histórias e culturas africanas em perspectiva afrocêntrica.

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