O problema de enfatizar apenas o lado positivo da maternidade são os sentimentos de culpa e inadequação despertados entre as gestantes
Para 83,67% das entrevistadas que já têm filhos ou são gestantes, as campanhas publicitárias deveriam mostrar um retrato mais fiel da realidade.
Uma pesquisa realizada pela agência Solo Propaganda em outubro de 2017, intitulada“Hábitos e Tendências para Gestantes”, afirma que 83,67% das entrevistadas que já têm filhos ou são gestantes acreditam que campanhas publicitárias deveriam mostrar um retrato mais fiel da realidade, dando protagonismo à mãe, suas necessidades, dificuldades e desejos.
Segundo matéria publicada por Raquel Drehmer no site Bebe.com nesta quinta-feira, 18 de janeiro, existe uma ausência de identificação dessas mulheres com a forma como os anúncios retratam a maternidade.
Além disso, uma parcela bem menor dessas mulheres – 14,29% – desejaria maior evidência no papel e nas funções do pai, enquanto apenas 2,04% considerariam interessante o destaque estar nos bebês.
O problema de enfatizar apenas o lado positivo da maternidade são os sentimentos de culpa e inadequação despertados entre as gestantes.
O Lunetas fala com frequência sobre a necessidade de não romantizada o fato de ser mãe. Esse hábito pode se transformar em um disparador de culpa nas mulheres.
Isso aparece em números: 56,25% das mulheres tiveram ou têm medo de não dar conta da nova rotina coma chegada do bebê. E 15,63% se sentiram ou se sentem cobradas para serem mães perfeitas.
A intenção do levantamento é despertar uma reflexão por parte dos comunicadores, e reforçar que é preciso olhar para a maternidade com olhos mais reais e, ao mesmo tempo, empáticos.
No total, 150 mulheres foram entrevistadas: 75% têm entre 30 e 44 anos de idade, 14% estão na faixa etária de 18 a 29 anos, 6% são menores de 18 anos, 4% têm de 45 a 59 anos e 1% tem mais de 60 anos.
Com relação ao número de filhos, 61% são mães de um filho, 34% têm dois filhos e 5% têm três filhos.
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