Falar com as crianças sobre diversidade familiar, e o quanto cada tipo de família é único e especial, nem sempre é uma tarefa fácil. Nesta hora, a literatura pode ajudar muito, principalmente se o livro escolhido tiver recursos de texto e imagem que chamem a atenção e despertem o interesse dos pequenos.
Pensando nisso, Daisy Carias, do blog A Cigarra e a Formiga, e o Lunetas trazem títulos perfeitos para quem quer apresentar aos filhos os conceitos de diversidade e aceitação, a partir de histórias que privilegiam toda a diversidade familiar que pode existir.
A diversidade familiar na literatura
Este livro informativo mostra com muito didatismo os tipos de família que existem: grandes, pequenas, de dois membros, homoafetivas etc. Também apresenta os costumes, onde vivem e o que fazem essas diferentes famílias.
A autora Eva Furnari é unanimidade entre as crianças e sempre inventa histórias divertidas. Neste livro, conhecemos a resposta de alunos a um desafio da professora Rubi, que pediu à turma fotos e curiosidades de sua família. A graça é que os personagens são ilustrados em dedos da mão e têm perfis engraçados, como ninjas ou docinhos. Cada família é diferente: tem família com duas mães, família que perdeu o pai, entre outras especificidades.
Malu é uma criança animada, que tem uma família que cuida dela com amor, carinho e muitos sorrisos. Em sua casa, existem duas mamães, Dora e Lara, mas esse não é o único tipo de família que existe. Ao longo da história, a menina de cinco anos descobre mais sobre a diversidade, o amor e o respeito.
O livro começa com uma atividade em sala de aula. Ali, a professora questiona as crianças sobre o que faz cada uma de suas famílias ser especial. Um dos alunos diz que suas duas mães adoram cantar, mas cantam muito mal; outro conta que tem muitas avós. À medida que dividem esses fatos, percebem que cada família é única.
Este livro tem uma protagonista muito esperta e curiosa. Ela tem dois pais: Raul e Luís, com quem realiza atividades diferentes. No entanto, é uma garota como as outras, com uma família como as outras, e o melhor: é muito feliz.
A capa deste livro já deixa clara a teia de relações que compõe uma família. Além de apresentar tipos de família e as histórias de cada membro, a obra apresenta o papel de madrastas e padrastos, fala das famílias adotivas e de violência doméstica.
A obra conta a história de Nando, que passa por uma separação dos pais e começa a morar apenas com a mãe. Após um tempo, seu pai começa a dividir apartamento com Celso, a princípio um amigo. Por uma promoção no trabalho, sua mãe precisa mudar de cidade e, então, Nando começa a viver com o pai e Celso. A partir dessa convivência, o garoto entende mais sobre a sua família e, mesmo com as diferenças, compreende como o amor é o elo mais importante entre eles.
Avós na história e na vida real, Ana e Paula são duas mulheres bastante diferentes, mas que vivem juntas na Casa das Formigas. No livro, com ilustrações e fotos das duas matriarcas, a autora Ana Teixeira ressalta como cada uma tem suas peculiaridades. Mesmo com essas particularidades, todos nós também cultivamos semelhanças entre si.
Cuca é uma menina esperta, mas não entendia por que os vizinhos cochichavam quando passava na rua com suas mães. Seu Chiquinho e dona Sinhá eram os únicos que gostavam de sua família. Contudo, um dia ocorreu um fato que fez toda a vizinhança olhar a família de Cuca com mais simpatia e respeito.
O livro narra a história de Pedrinho, que tem quatro anos, e foi adotado pelo casal Bruno e Henrique. Em uma festa, o garoto tem a oportunidade de apresentar a família aos seus amigos. Ao mostrar a diversidade familiar, Fernando Baptista abre o diálogo sobre essa temática com os leitores.
Kitoko foi adotado. Sua nova mãe está grávida e ele se pergunta se continuará a ser amado depois que sua irmãzinha nascer. Enquanto espera pela mãe, Kitoko adormece e sonha com a África, continente onde nasceu. Em sonhos, reencontra a irmã biológica, e relembra tudo o que aconteceu com sua primeira família… agora o futuro o espera, terá uma nova irmã a quem irá amar e construir.
Para os fãs do grande romancista baiano Jorge Amado, uma oportunidade imperdível de aproximar seus filhos da obra de Jorge Amado. Os habituados ao estilo denso e exótico que caracteriza obras como Gabriela, Cravo e Canela, ou à violência social de um Capitães da Areia, vão se impressionar com a versatilidade que Amado demonstra, ao dominar com esperteza e perícia, a leveza e a oralidade características da prosa infanto-juvenil. Os pequenos vão vibrar com o humor inteligente e bem articulado, e talvez se demorar nas sutilezas com que o escritor descreve o pôr do sol, ou os descaminhos do difamado Gato Malhado e da louquinha Andorinha Sinhá nas cores já tão bem cantadas da Bahia.
O livro apresenta de modo pouco convencional uma família que poderia ser a de qualquer um: leitor tem acesso ao incrível mundo das quantidades que compõem as características físicas dos 6 integrantes da família – contando-se o cão de estimação. Se você nunca parou para pensar na soma dos metros de intestino de todos os seus familiares juntos, esse livro vai te surpreender com essas e outras informações pra lá de curiosas! O modo como os números são revelados vincula-se diretamente à rotina da família: no banho de sol na varanda, pode-se contar a quantidade e a variedade de mamilos; já a quantidade de meias jogadas nos cantos ao final do dia permite descobrir não apenas a quantidade de pés, patas e pernas, mas também a insuficiência de “mãos para apanhar tantos destroços!
O que pode acontecer quando dois pássaros machos, de cores diferentes se encontram e descobrem que gostam de ficar juntos? Primeiro, um grande estranhamento dos pássaros iguais. Depois, o desafio de mostrar que é possível experimentar o amor de diferentes formas e que, quando isso acontece, todos ganham. É essa a história que Kitty Crowther narra com delicadeza e sinceridade, convidando os leitores a conhecer um pouco da vida de Jack e Jim, do encontro entre os dois e do sentimento bonito que nasce entre eles.
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