Na versão da Boitatá, A Pequena Sereia é uma ambientalista de sucesso, A Bela Adormecida é pesquisadora de distúrbios do sono, e Cinderela é empresária
No livro "Lute como uma princesa", as histórias são focadas em autoestima, empatia e representatividade. A partir de releituras que colocam as mulheres em novos papéis sociais, o livro busca redefinir o que significa ser uma princesa no mundo de hoje.
E se o sonho da Cinderela não fosse encontrar um príncipe encantado? E se a Rapunzel soubesse que seu destino está muito além de esperar ser resgatada da torre? No recém-lançado livro infantil “Lute como uma princesa”, as autoras Vita Murrow e Julia Bereciartu, a brincadeira é imaginar como seria a vida das princesas a partir de uma perspectiva de igualdade de gênero e independência feminina. Afinal, o que significa ser uma princesa no mundo de hoje, com a ressignificação dos papéis de gênero e novas perspectivas sobre as relações entre mulheres e homens, não só no campo afetivo, mas também trabalhista?
Com tradução de Daniela Gutfreund, o livro acaba de ser editado no Brasil pela Boitatá – selo de literatura infantil da Boitempo Editorial, conhecida no mercado literário por suas obras de forte cunho social e político, o que não poderia deixar de incluir as publicações para o público infantil e juvenil.
“Elas ousaram criar um mundo de princesas poderosas onde Bela é uma destemida detetive e se aventura sem medo pela Floresta Proibida, Rapunzel torna-se uma renomada arquiteta que usa suas habilidades para mudar a realidade de sua comunidade e Cinderela é uma líder trabalhista em busca de justiça para todos”, diz o texto de divulgação da obra.
A obra foi escrita por Vita Murrow, educadora, artista, escritora e mãe. As ilustrações são assinadas pela artista espanhola Julia Bereciartu.
Nas releituras dos contos de fada, o foco está na autoestima, autoconfiança, empatia e coragem das protagonistas. O resultado é um livro que instiga os mediadores de leitura e demais adultos que tiverem contato com a possibilidade dessa leitura, refletirem sobre a importância da representatividade nos textos para crianças. O livro brinca com os papéis sociais atribuídos às princesas, que, se nos contos originais, poderia favorecer a sua fragilidade, aqui coloca as mulheres como capazes de transformar suas histórias. Ao todo, são 15 recontos, direcionados para meninas e meninos em idade leitora, e também para crianças menores em leitura compartilhada com os adultos.
Confira o novo papel social que as princesas desenvolvem no livro:
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