Guia traz dicas para garantir segurança a crianças na internet

Elaborado pela organização Childhood do Brasil, o guia aponta caminhos para uma navegação segura direcionados a adultos responsáveis e ao público infantil

Da redação Publicado em 11.05.2021
Uma menina está deitada no sofá e segura um tablet com as duas mãos
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Resumo

Quais são os principais riscos do ambiente virtual para crianças e adolescentes e o que fazer para preveni-los? Guia compila dicas direcionadas a pais, crianças e educadores.

Apesar de ser um ambiente democrático e dinâmico de informações e possibilidades de comunicação, a internet tem riscos como no “mundo real”, o que inclui crimes como o abuso e a exploração sexual on-line. Além disso, a internet é um ambiente público, como uma praça ou a rua, onde o que é postado é visto por muita gente. Uma vez na rede, é impossível controlar o uso que farão daquele dado ou informação.

Embora filtros e softwares de segurança possam ajudar, o acompanhamento presencial, o diálogo contínuo e a confiança são as formas mais eficazes de proteção a crianças e adolescentes contra os riscos no ambiente digital. Portanto, atente-se ao comportamento deles e não ignore qualquer sensação de insegurança, dúvida ou perigo, colocando-se sempre à disposição para ajudar, mesmo se não dominar a tecnologia.

A seguir, algumas orientações a pais que, como responsáveis legais, devem participar da forma como os filhos navegam na web, e também a escolas, para que proponham debates sobre sexualidade e a sua banalização e superexposição nos meios de comunicação, bem como promovam encontros de reflexão e atividades de integração entre pais, professores e alunos.

Para mais informações, acesse a cartilha completa Navegar com Segurança na internet, desenvolvida pela Childhood Brasil para pais, educadores e responsáveis.

Dicas gerais de segurança na internet para pais e educadores

  • Instrua-os a não divulgar dados pessoais, como nome, endereço de casa ou da escola, telefone, fotos íntimas.
  • Evite gravar senhas, login de e-mail e redes sociais no computador para não facilitar roubos.
  • Cuidado ao baixar arquivos, que podem conter vírus, materiais impróprios ou até mesmo serem ilegais. Caso encontre material violento, ofensivo ou pornográfico, converse com seus filhos sobre isso, para que compreendam a gravidade e possam participar da solução.
  • Nunca aceite que sites instalem programas em seu computador e não faça download de nada que você não saiba exatamente o que é e de onde vem.
  • Busque provedores e serviços que ofereçam recursos de segurança e que sejam éticos e responsáveis. Opte por programas que filtram e bloqueiam sites para tablets e smartphones utilizados por seus filhos, de acordo com as regras previamente acordadas entre vocês.
  • Oriente-os sobre o uso responsável a partir de ferramentas de privacidade das redes sociais, para que apenas pessoas conhecidas tenham acesso aos conteúdos postados por eles.
  • Pesquise, leia e aprenda sobre o uso da internet. Peça a seus filhos para lhe ensinarem o que conhecem e/ou algo que você tenha interesse. Assim você saberá do que gostam (por quais sites navegam e de que redes sociais participam), estreitando o vínculo entre vocês e valorizando o saber deles. 
  • Use dados estatísticos, histórias reais e notícias para informar sobre a melhor maneira de proteger crianças e adolescentes contra o abuso on-line e a pornografia infantil, além de evitar sua exposição a conteúdos inapropriados.
  • Promova com os alunos a noção de autocuidado e autoproteção, no âmbito da educação para autonomia.
  • Caso o acesso à internet seja feito também pelo computador da casa, mantenha-o numa área comum e com a tela visível.

Orientações para a navegação de crianças e jovens

Para crianças e adolescentes, recomenda-se acessar a SaferDic@s, que os orienta a reconhecer situações de risco e o que devem fazer para se manterem em segurança na internet:

  • Não divulgue dados pessoais e fique atento às políticas de privacidade dos sites.
  • Cuidado ao falar com estranhos. Preserve sua privacidade e converse apenas sobre assuntos públicos. Sua intimidade sexual só diz respeito a você.
  • Se alguém não deixou você à vontade ou fez algo que te incomodou, diga para parar. Não tenha medo de dizer “não”, mesmo que seja para uma pessoa conhecida ou do seu convívio cotidiano.
  • Caso receba um convite para conhecer pessoalmente alguém da internet, converse com seus pais ou responsáveis. Avaliem juntos possibilidades seguras para esse encontro e peça para eles te acompanharem.

Conheça alguns termos que definem dinâmicas e fenômenos próprios do ambiente on-line:

Sexting: neologismo que mistura as palavras em inglês texting (digitar um texto) com sex (sexo). Sexting é o uso de redes sociais, aplicativos e dispositivos móveis para produzir e compartilhar imagens de nudez e sexo. Na rede, esse conteúdo pode se espalhar e expor crianças e adolescentes a situações vexatórias. Quem divulgar ou arquivar essas imagens pode ser penalizado por disseminar pornografia infantojuvenil.
Cyberbullying: termo que denomina o bullying que acontece ou é intensificado nos meios digitais. Sem controle de quem vê ou compartilha, os atos que expõem a criança ou o adolescente vítima podem gerar quadros graves de depressão e até mesmo o suicídio.
Grooming: significa aliciamento, em inglês. A expressão é usada para definir genericamente os meios de chantagem e assédio sexual na internet.

Sempre que vir algo inadequado ou que fira os direitos humanos, denuncie em denuncie.org.br.

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