Quando criança, Conceição fingia que estava dormindo, mas ficava ouvindo as conversas dos adultos e colecionando palavras
O Zine foi criado pelo Bartô, personagem do Itaú Cultural criado para aproximar as crianças da programação da instituição.
“Escrever este Zine Camundongo foi como um sonho. Passei dias lendo os livros de poesia, contos e romances da Conceição Evaristo! Sem falar nas cartas, fotografias e cadernos que ela me mostrou. Foi uma viagem tão apaixonante que, por mim, eu ficava viajando a vida toda!”
É assim que o Bartolomeu, mais conhecido como Bartô apresenta o zine criado para apresentar a obra de Conceição Evaristo para crianças.
O Bartô foi criado pelo Itau Cultural para aproximar as crianças da programação da instituição. “Eu gosto de descobrir o mundo e compartilhar minhas descobertas com vocês”, diz ele.
Nascida em 1946 em uma favela da zona sul de Belo Horizonte (MG), a poetisa e romancista Conceição Evaristo, 7 foi criada em meio a uma família de mulheres negras que trabalhava como cozinheiras, faxineiras e empregadas domésticas.
Em entrevistas, Evaristo costuma dizer que não cresceu rodeada de livros, mas sim de palavras. “Cresci ouvindo histórias sobre a escravidão. A memória oral foi muito cultivada.” Essas experiências, que depois foram transferidas à sua escrita, é o que batizou de “escrevivência”.
Até o dia 18 de junho, o Itaú Cultural é sede da 34ª Mostra Ocupação, que desta vez, organiza uma exposição em homenagem a uma das maiores literárias brasileiras contemporâneas, a escritora mineira Conceição Araújo. A ação reúne manuscritos, fotos, correspondências, objetos pessoais e conteúdos audiovisuais sobre uma das vozes mais importantes da literatura nacional.
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