Meninas podem ser princesas, mas também ser astronautas, matemáticas, alpinistas, lutadoras. Afinal, "coisa de menina" é ter força e liberdade
É um livro sobre as meninas entenderem seu potencial. A gente precisa mostrar sempre um leque maior de oportunidades para as meninas se conectarem e enxergarem diversos "papéis" da sociedade", afirma a autora.
Falar de assuntos complexos com crianças pequenas é um desafio para muitas famílias, mas também uma tarefa importante, pois é na infância que as crianças constroem suas referências de mundo. Nesse sentido, os livros são ferramentas poderosas para apresentar novas reflexões e ideias às crianças.
Pensando nisso, a ilustradora Pri Ferrari desenvolveu um livro infantil – indicado para crianças de três a seis anos -, sobre feminismo e igualdade de gênero.
“Coisa de Menina” (Companhia das Letrinhas, 2016) fala sobre futuro e perspectivas de vida de uma menina e aborda de forma simples diversas atividades que foram, são e podem ser escolhas para o futuro de uma menina.
O que é coisa de menina? Oras, isso é algo que toda menina (e todo menino) deveria saber muito bem. Afinal, é na infância que a gente percebe que não existe regra e que todo mundo pode tudo: tem menino que gosta de brincar de casinha, tem menina que gosta de construir foguete. Por que, então, temos que nos adaptar a certos padrões de comportamento? Por que ainda dizem por aí que certas coisas não são apropriadas para mulheres? Este livro é para todos aqueles que acreditam na liberdade como a melhor escolha — e que têm certeza que meninas fizeram, fazem e farão muito mais.
“Eu queria pegar a idade que a criança começa a olhar o feminino como pejorativo, quando a ideia de “correr como menina” se torna algo negativo”
“É um livro sobre as meninas entenderem seu potencial. A gente precisa mostrar sempre um leque maior de oportunidades para as meninas se conectarem e enxergarem diversos “papéis” da sociedade”, afirma a autora.
Para fazer o livro, Pri contou com a ajuda de pedagogos, e também conversou com muitas crianças para definir a linguagem e ideal para o livro. Antes de ser publicado, a autora lançou uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar a impressão do material.
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