A força do exemplo: o que minhas ações ensinam para o meu filho?

"Nossas atitudes têm muito mais valor do que nossa fala", afirma a psicóloga Carol Lopes, em vídeo sobre a importância das referências na criação dos pequenos

Da redação Publicado em 20.12.2018

Resumo

A psicóloga Carol Lopes, em vídeo para o nosso parceiro Criar e Crescer, canal do pediatra Daniel Becker, fala sobre a importância de prestar atenção aos gestos e atitudes na hora de instruir a criança sobre as regras do cotidiano.

No Lunetas, falamos bastante sobre a importância do exemplo e das referências na educação das crianças. Mas, afinal, o que isso significa, e como de fato interfere no desenvolvimento do indivíduo? Neste vídeo do nosso parceiro Criar e Crescer, a psicóloga e psicanalista Carol Lopes explica qual é a força do exemplo na formação das crianças. Especialista em infância e parentalidade, Carol salienta um ponto central dessa discussão: o impacto das ações, mais do que do discurso.

“Nossas atitudes têm muito mais valor do que nossa fala”

A psicóloga explica que, como os pequenos estão apreendendo seus primeiros referenciais do que é certo e errado, se ouvem dos pais uma determinada orientação e observam o contrário em seu comportamento, eventualmente seguirão a partir daquilo que veem. Daí a importância de evitar a todo custo o tal do “dois pesos, duas medidas”, ou seja, dizer uma coisa e fazer outra. “Se você fala para sua criança que ela precisa comer legumes e verduras todos os dias, você não pode se alimentar só de bife e batata frita”, exemplifica a profissional.

“A criança, inicialmente, é sobretudo um ser visual. Elas reproduzem aquilo que estão vendo. Então, temos que tomar muito cuidado com aquilo que a gente faz para não passar uma mensagem dupla para a criança”, afirma.

“As crianças estão sempre atentas à gente”

A importância dos combinados

Para evitar que a criança seja exposta excessivamente a celulares, tablets, games, TV e outros aparelhos eletrônicos, é comum que os pais e responsáveis estabeleçam regras em casa, limitando, por exemplo, o uso a uma ou duas horas diárias. Porém, segundo a psicanalista, esse combinado só será efetivo e saudável se o adulto conseguir respeitar alguns limites. Mas como equilibrar essas regras para que o adulto consiga exercer sua autonomia – que é diferente daquela que a criança passa a ter? Para a psicóloga, o caminho possível é “seja coerente com suas ações”. O diálogo, neste caso, é essencial, para explicar quais as regras para um e para outro, e por que.

“A criança não vai entender se você disser uma coisa e mostrar outra. É muito confuso para ela”

Carol comentar também sobre a importância de refletir sobre a viabilidade daquilo que prometemos para as crianças – seja em compensação de algo que ela fez ou de alguma coisa que você não fez por ela.

Assista ao vídeo para conferir as dicas da psicóloga na íntegra:

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