Em que momentos você vira ‘bicho’ para proteger seus filhos?

Uma história infantil muito colorida mostra como o comportamento das mamães em relação aos filhos pode se parecer com o de bichos bem diferentes

Laís Barros Martins Publicado em 03.09.2020
Ilustração do livro A minha mãe vira bicho, de Ana Castro, lançado pela editora Matrescência. Uma menina morena é resgatada por uma águia na praia. Ao fundo, há um barquinho.
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Resumo

Neste livro infantil cheio de cores, as crianças descobrem que as mães podem virar bichos! Para além da “mãe coruja”, elas assumem habilidades distintas do reino animal quando o assunto é o cuidado e a proteção de sua cria.

O mais comum é haver mamães corujas, que pretendem proteger seus filhotes debaixo das asas. Também diz-se delas que são muito orgulhosas da cria e a enche de elogios. No entanto, se essa é a parecência mais habitual entre as mães e o mundo animal, fique logo sabendo que está longe de ser a única. Mães podem virar bichos diferentes dependendo do que a situação lhes demanda e, para criar as crianças, se aproveitam das habilidades mais instintivas disponíveis dentro de si.

Foi observando como esses comportamentos se manifestavam no dia a dia que a jornalista e ativista pelos direitos humanos Ana Castro, mãe da Tarsila e do Ernesto, começou a catalogar os momentos de virar bicho em uma história para crianças. “A minha mãe vira bicho” (Matrescência, 2020) fala, de um jeito alegre e cativante, sobre esse fenômeno de conexão e cuidado das mães com seus filhos.

Capa do Livro “A minha mãe vira bicho”, de Ana Castro
Sobre o livro

A partir de cenas do cotidiano, a autora Ana Castro compara o comportamento natural de mães protegendo seus filhos com outros animais. Acompanhadas das ilustrações coloridas de Stefania Magalhães, a história de “A minha mãe vira bicho” (Matrescência, 2020) é um encanto só.

É coisa de mãe, e do bicho, que existe em nós

Basta o filho precisar que a nossa parte animal toma conta, deixando em alerta e muito aguçados todos os nossos instintos mais primitivos. Independente se é medo, sono ou fome, ou mesmo só vontade de colo, há sempre um animal dentro da gente para cuidar de cada situação, descobriu Ana. Pode ser águia, girafa, golfinho e até canguru.

Quem nunca reagiu como uma leoa ou leão ao ver sua cria ameaçada?

Depois de nos mostrar como as mães podem assumir características muito específicas desses animais, há uma seção no livro para revelar como os “animais de verdade” aproveitam de suas habilidades para sobreviver no mundo selvagem. A pesquisa da autora trouxe os detalhes principais de cada um adaptando-os para as metáforas infantis, com muita graça.

Um espaço reservado em branco convida os leitores, mamães e seus filhos, a compartilharem as histórias de quando existiu um bicho entre eles. Para os adultos, há linhas dedicadas para a escrita. Já as crianças podem desenhar à vontade a sua mãe virando bicho.

E você? Conta pra gente em que momentos a sua mãe vira bicho?!

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