‘Desafio Criativos da Escola’ anuncia projetos vencedores de 2018

O Desafio Criativos da Escola anunciou os 11 projetos mais criativos do Brasil. Tem dicionário indígena, minas na ciência, app que salva vidas e muito mais

Da redação Publicado em 14.11.2018

Resumo

O Desafio Criativos da Escola, que mapeia projetos de protagonismo e criatividade na educação, acaba de anunciar os 11 contemplados pelo prêmio deste ano. Tem dicionário ilustrado indígena, minas na ciência, app que salva vidas e muito mais.

O projeto Criativos na Escola, que mapeia e premia as iniciativas mais incríveis de protagonismo e criatividade na educação brasileira, acaba de anunciar os 11 vencedores do Desafio Criativos da Escola 2018. Originárias dos quatro cantos do país, as iniciativas reforçam a importância de oferecer aos estudantes espaço e oportunidade para mostrarem todo o seu potencial de força criativa.’

Este ano, o prêmio recebeu 1.654 inscrições do Brasil inteiro. As iniciativas contempladas são de Campo Bom (RS), Palmas (TO), Brasilândia (MS), Senador Pompeu (CE), São Paulo (SP), Canindé de São Francisco (SE), Rio de Janeiro (RJ), Vila Rica (MT), Pindoretama (CE), Sumaré (SP) e São Miguel das Matas (BA).

Dentre os selecionados, temas da maior importância para o desenvolvimento pleno do indivíduo e a efetivação da educação integral, como diversidade, representatividade, racismo, igualdade de gênero, e prevenção ao suicídio.

Um dos destaques é o projeto Dicionário Ilustrado Indígena, criado pela Escola Municipal Antônio Henrique Filho, de Brasilândia, em Mato Grosso do Sul, com o objetivo de promover o resgate das línguas Ofaié e Guarani.

No site do Criativo, é possível saber tudo sobre cada um dos projetos, pois cada um dos vencedores tem um material em pdf que conta sua história, compartilha fotos e experiências durante a iniciativa. Para conhecer, é só clicar no link abaixo das descrições, abaixo.

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Reprodução/Criativos da Escola

Mapa com os premiados do Desafio Criativos da Escola 2018.

Os projetos vencedores, além de receberem prêmios em dinheiro, poderão enviar três alunos escolhidos e um educador ou educadora para uma vivência pedagógica em Fortaleza (CE). A proposta do encontro é fortalecer os projetos e trocar experiências.

No dia 4 de dezembro, será realizada uma cerimônia de celebração das iniciativas, que terá transmissão ao vivo pelo canal no YouTube do Criativos da Escola. Para saber mais e acompanhar as novidades, confirme sua presença no evento oficial no Facebook, convide os amigos e compartilhe com os amigos interessados no assunto.

Conheça as iniciativas vencedoras:

  • A TV Degase e o Na Pista

Estudantes do 7°ano do ensino fundamental, do 1º e do 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual Candeia e do Colégio Estadual Luiza Mahin / Rio de Janeiro (RJ)

No contexto de privação de liberdade, como se constrói a identidade de meninos e meninas? A partir destas inquietações é que dois educadores realizaram uma oficina de fotografia e provocaram os jovens a eles próprios construírem um processo de resgate de sua individualidade.

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  • Apoio à recuperação ambiental

Estudantes do 2º e do 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual Delmiro de Miranda Britto / Canindé de São Francisco (SE)

Alunas que são moradoras de uma comunidade rural agrícola perceberam o problema causado pela falta de água. Ao mesmo tempo, na escola, as estudantes ouviam com frequência reclamações dos colegas tanto sobre a dificuldade de respirar com o tempo seco da região, quanto pela falta de hortaliças frescas para comer na merenda escolar.

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  • BanCoP: o banco comunitário de Pindoretama

Estudantes do 1°, 2° e 3° ano do ensino médio da E. E. M. Julia Alenquer Fontenele / Pindoretama (CE)

O município de Pindoretama não tem indústria nem empresa de grande porte. Quando as pessoas precisam tirar dinheiro no banco, precisam ir para a cidade vizinha, pois o único banco de Pindoretama não oferece esse serviço. Foi nesse contexto que os jovens se perguntaram: o que fazer para contribuir com a economia do município?

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  • Cabelo, autoestima e construção da identidade da menina negra

Estudantes do 6º e do 8º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Professora Leila Mara Avelino / Sumaré (SP)

Um grupo de três alunas não se sentia contemplado com os conteúdos expostos em sala de aula sobre cultura africana e afro-brasileira. Práticas racistas continuavam acontecendo, principalmente a partir de “piadas” sobre seus cabelos. Para resolver o problema, as estudantes se mobilizaram para pesquisar o fenômeno e buscar soluções por meio de estudo e de ações concretas dentro e fora da escola.

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  • Centro de Pesquisa Continuada pela Igualdade de Gênero Nísia Floresta

Autoria: Estudantes do 2° ano do ensino médio da E. E. E. P Professor José Augusto Torres / Senador Pompeu (CE)

Alunas sentiam na pele a naturalização de uma realidade que exclui as mulheres e que torna quase impossível que tenham as mesmas condições de vida que os homens. A vasta quantidade de casos de violência, a hiper sexualização do corpo feminino nos meios de comunicação e o fato desses assuntos não serem trabalhados no ensino médio motivaram as estudantes a criar um projeto que discutisse sobre a igualdade entre homens e mulheres.

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  • Cinezito: a educação através do cinema

Autoria: Estudantes do 9º ano do ensino fundamental da EMEF Professor José Carlos Nicoleto Zito / São Paulo (SP)

A criação de canais de expressão e espaços de protagonismo eram demandas antigas dos alunos. Na mesma proporção eram as barreiras encontradas. Coletivamente, os estudantes decidiram criar uma alternativa para se comunicarem e darem vazão aos problemas vivenciados no contexto da sua comunidade.

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  • Escola e comunidade: vida e futuro

Autoria: Estudantes do 1º e do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Vila Rica / Vila Rica (MT)

Por estar distante cerca de 45 quilômetros do centro urbano, os próprios moradores decidiram se aventurar na construção de uma escola – que é multiseriada – e lutam para a sua manutenção que, ano a ano, sofre ameaças. Dialogando com essa realidade, a coordenadora da escola provocou os estudantes: o que vocês podem fazer para valorizar esta conquista das famílias de vocês?

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  • Guarda-chuvas amarelos

Autoria: Estudantes do 1°, do 2° e do 3° anos do ensino médio da Escola Estadual Frederico José Pedreira Neto / Palmas (TO)

Depressão, ansiedade, automutilação, solidão e tentativas de suicídio compõe uma triste realidade dos jovens e que sensibilizou um grupo de nove alunas do ensino médio. A partir da campanha de prevenção ao suicídio Setembro Amarelo, surgiu, então, a ideia de realizar ações estruturadas para um melhor atendimento aos seus colegas que precisam de ajuda durante todos os meses do ano.

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  • Minas na ciência

Autoria: Estudantes do 3° ano do ensino médio do Colégio Estadual Aldemiro Vilas Boas / São Miguel das Matas (BA)

Apesar de serem a maioria da população, as mulheres estão pouco representadas na ciência. Foi a partir de uma observação da professora sobre a falta de visibilidade do trabalho de mulheres nas ciências que as alunas decidiram mudar este cenário.

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  • Tigre Branco: um aplicativo para salvar vidas

Autoria: Estudantes do 8º e do 9º anos do ensino fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental 25 de Julho / Campo Bom (RS)

No início de 2017, foram noticiadas diversas tentativas de suicídio de crianças e jovens que utilizaram o jogo “Baleia Azul”. O aplicativo de celular, que foi criado na Rússia e se espalhou pelo mundo, propõe 50 desafios aos participantes, relacionados a práticas depressivas e auto-depreciativas. Preocupadas com seus colegas, três alunas decidiram se unir para pensar em alternativas que contribuíssem com a melhoria da autoestima e evitasse o isolamento social dos estudantes.

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  • Dicionário indígena ilustrativo: resgatando a língua Ofaié e Guarani

Autoria: Estudantes do 6° ano do ensino fundamental da Escola Municipal Antônio Henrique Filho / Brasilândia (MS)

Alunos do povo indígena Ofaié enfrentam diferentes obstáculos ao estudar na escola. Após uma professora perguntar, em sala, sobre a língua de sua etnia, os estudantes nativos citaram algumas palavras das línguas Ofaié e Guarani – etnia que divide o território com os Ofaié. Foi rompida a invisibilidade até então dominante. Os colegas não indígenas quiseram aprender mais palavras e surgiu uma proposta: os estudantes poderiam contribuir para a sobrevivência da história e da língua de seu povo.

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