7 fotógrafas brasileiras especializadas em registrar partos

Se você acha que escolher quem vai registrar o parto é um item imprescindível na lista de afazeres antes da chegada do bebê, conheça essa lista!

Da redação Publicado em 11.08.2015
Fotografia de parto: Mãe com filho recém-nascido nos braços, em uma banheira com água.
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Resumo

Para conhecer um pouco mais sobre fotografia de parto e entender o que levar em conta na hora de escolher o profissional, o Lunetas conversou com a fotógrafa Line Sena.

Toda semana, você deve ver circular na internet uma fotografia de parto, que registra momentos emocionantes de nascimento de bebês. Para muitas famílias que estão planejando o parto, contratar um fotógrafo profissional para o dia é um item imprescindível da lista. Afinal, não há momento mais importante na vida dos pais. Não é mesmo?

Para atender essa demanda, vimos nas últimas décadas uma série de fotógrafas brasileiras que se especializaram em registrar nascimentos. Esta profissional é responsável pelas fotos que as famílias verão um milhão de vezes e que usarão para contar aos seus filhos como eles nasceram. Para conhecer um pouco mais sobre essa carreira, o Lunetas conversou com a fotógrafa Line Sena.

Line e a fotografia de parto

Line tem 33 anos e mora em São Caetano do Sul, na grande São Paulo. Atualmente é membro da associação IAPBP ( Associação Internacional de Fotógrafos profissionais nascimento) e mãe de dois filhos. Ela sempre gostou de fotografia e quando teve condições de comprar uma câmera, começou a estudar, ler livros, revistas, participar de workshops e mergulhar em todo conteúdo online que estivesse disponível.

“Comecei a fotografar quando já tinha um filho, tive meu parto fotografado e sabia desde o início que queria fotografar partos humanizados. Como já estava inserida nessa ‘tribo’, foi mais fácil me especializar”, conta.

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Kalu Brum/Olhar Mamífero

Registro de parto da fotógrafa Kalu Brum

Quando a família não contrata um fotógrafo, geralmente cabe ao pai essa função, mas ele estará muito envolvido emocionalmente para desempenhar esse papel. Geralmente as fotos não ficam boas e o pai ainda fica sentindo-se culpado por estar fotografando ao invés de estar apenas junto com a mulher, ver e receber seu filho, simplesmente vivendo aquele momento tão único e especial. Enfim, não consegue fazer nem uma coisa nem a outra. Por isso, a melhor dica é: não fotografe! E para não ficar sem nenhum registro, coloque a câmera em algum tripé ou qualquer outro apoio e deixe filmando.

Para contratar Line, é necessário que a gestante esteja planejando um parto humanizado. “Parto humanizado não é parto domiciliar, não é parto na banheira, não é parto à luz de velas”, esclarece. Entende-se por parto humanizado o parto em que a mãe e o filho são tratados de maneira humana, quando a mulher tem seus desejos atendidos, sentindo-se confortável, confiante, segura e amparada.

A violência obstétrica e o parto humanizado

“Se a mulher sempre fosse tratada dessa forma, diferenciar o atendimento respeitoso como ‘parto humanizado’ seria ridículo, mas ao contrário disso, pelo menos 25% das mulheres relatam ter sofrido algum tipo de violência obstétrica e as intervenções médicas não têm real indicação, seguem protocolos desatualizados, que não são baseados em evidências científicas tornando o nascimento um ato puramente técnico.”

Segundo Line, infelizmente, mesmo numa metrópole como São Paulo, são poucos profissionais que trabalham de forma humanizada. “Por isso, para me contratar, a mãe precisa me dizer quem é a equipe que irá atendê-la, pois se o médico não for reconhecido pelo atendimento humanizado, eu não aceito o trabalho”, diz.

Para o movimento de humanização do nascimento o que pode contribuir para a mudança da assistência ao parto no Brasil é a informação e “Para fazer com que a informação chegue até essas mulheres o apelo visual de uma fotografia é extremamente relevante. Principalmente quando publicada em redes sociais, a fotografia chama muita atenção e junto com ela vem a informação que essas mulheres precisam.”

Fotógrafas brasileiras especializadas em parto

  • Cristiane Pereira, de São José dos Campos (SP);
  • Mari Hart Dore, do Rio de Janeiro (RJ);
  • Kelly Stein, de Campinas (SP);
  • Bia Takata, de São Paulo (SP);
  • Kuara Fotografia, de Salvador (BA);
  • Kalu Brum, de Nova Lima (MG);
  • Carol Dias, Florianópolis (SC).

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