6 coletivos que acolhem famílias LGBTQIA+

Iniciativas realizam conversas, atendimentos e ações de conscientização voltadas às famílias com integrantes LGBTQIA+

Da redação Publicado em 28.06.2022
Coletivos LGBTQIA+: Uma mãe segura a filha no colo junto de uma bandeira de arco-íris.
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Resumo

O respeito à diversidade começa dentro de casa. O Lunetas selecionou seis coletivos que buscam acolher famílias LGBQIA+, com respeito à pluralidade.

Hoje, 28 de junho, é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. A data marca uma série de protestos iniciados em 1969 no Stonewall Inn, bar em Nova York voltado à comunidade LGBTQIA+. Com um histórico de perseguição e violência policial direcionadas aos frequentadores do local, milhares de pessoas se mobilizaram para dar um basta na repressão, na discriminação e no preconceito destilados a quem não se encaixava na cisheterormatividade. Marsha P. Johnson, drag queen, travesti e ativista, teve seu nome marcado na história por protagonizar as movimentações de Stonewall, rompendo com o padrão cisgênero que dava um rosto para os acontecimentos da época.

O Lunetas selecionou seis coletivos de mães, pais e famílias que buscam acolher pessoas LGBTQIA+ em sua integridade e em suas diferenças. Da promoção da saúde ao exercício de uma vida plena, o respeito deve existir em todos os momentos.

Coletivos LGBTQIA+ para famílias plurais

  • Mães pela Diversidade

“A informação desarma a ignorância que, por sua vez, causa o ódio”, diz Majú Giorgi, fundadora do Mães pela Diversidade (MPD). O coletivo nasceu em 2007 e tornou-se uma Organização Não-Governamental (ONG) em 2014. Hoje, o MPD está presente em 23 estados brasileiros e integra o Movimento Latinoamericano de Mães LGBT, reunindo famílias de diferentes classes sociais, etnias, origens e posições políticas com experiências semelhantes.

“Ter um filho gay me fez ver o mundo pela ótica dos oprimidos e querer lutar por eles. Como eu sabia que não conseguiria mudar meu filho, resolvi mudar o mundo”

  • Mães de Amor Incondicional

Conversas entre amigas mostraram que algumas viviam situações similares em suas casas: uma de suas filhas ou filhos era homossexual. Além dos medos e angústias parecidos, o amor incondicional pelos filhos também era partilhado pelas mães, fazendo assim o Mami – Mães de Amor Incondicional – nascer. Trocas de experiências, aconselhamento, reuniões e debates integram as atividades do grupo, voltado à mães que procuram conhecer mais sobre a realidade LGBTQIA+.

  • Famílias pela Diversidade

O Famílias pela Diversidade surge como um espaço de atividades voltadas à população LGBTQIA+ no estado da Bahia. Com sede na cidade de Salvador, a organização atua para entender, enfrentar e buscar soluções para que pessoas LQBTQIA+ consigam o exercício de uma cidadania plena.

  • Tibira

O coletivo reúne jovens de diversas etnias indígenas para visibilizar narrativas LGBTQIA+ voltadas aos povos originários. Com acolhimento e informação, o nome do coletivo mantém viva a memória de Tibira, indígena tupinambá assassinado em execução pública em 1614. O caso de Tibira é o registro de crime homofóbico mais antigo do país.

  • Evangélicxs pela Diversidade

Segundo pesquisa Datafolha de 2020, 50% da população brasileira se considera católica, enquanto 31% é evangélica – existem previsões de que a fé cristã evangélica será a maior vertente religiosa do Brasil até 2032. O coletivo Evangélicxs pela Diversidade nasce para criar espaços seguros para famílias religiosas que possuam integrantes LGBTQIA+ em suas composições, por um evangelho não excludente e que seja acolhedor com quem não se encaixa em padrões da cisheteronormatividade.

  • Conexão G

Fundado em 2006, o coletivo foi originado por jovens que resolveram trazer ações para reflexão sobre a homossexualidade em favelas. A trajetória da iniciativa busca minimizar preconceitos vividos por esse segmento, de forma integrada e abrangente, com ênfase em direitos humanos e promoção de saúde LGBTQIA+.

“O afeto é sempre a melhor mensagem. A beligerância não leva a nada. Nós podemos andar de cabeça erguida” – Majú Giorgi

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