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10 brincadeiras com palavras para estimular a alfabetização

Brincadeiras com palavras: foto de uma criança de costas, colando post-its coloridos em um quadro branco. Cada post-it apresenta letras do alfabeto.

Para nós, um marco no desenvolvimento das crianças. Para elas, um novo jeito de descobrir o mundo. Apesar de ser ensinado na escola, o salto entre reconhecer as letras do alfabeto, ler e escrever costuma acontecer muito além da sala de aula, com a ajuda de simples atividades do cotidiano, onde há oportunidades de explorar a imaginação. Por isso, separamos 10 brincadeiras com palavras que podem fazer parte do dia a dia das famílias, preparando o terreno para os pequenos que vivem essa etapa tão importante da vida.

Fazer listas de mercado, cantar uma música, escrever um cartão aos avós ou ajudar a seguir uma receita são exemplos que podem ser explorados para o aprendizado. As crianças, que buscam primeiro decifrar aquilo que está ao seu redor, criam intimidade com as palavras de modo natural e lúdico. Todas as experiências vividas nessa fase são importantes para a alfabetização e acompanhar esse processo se torna uma grande surpresa.

Brincadeiras com palavras para a alfabetização

Com suas cores, tamanhos e formatos variados, as pedras são elementos que despertam os sentidos das crianças. A brincadeira é simples e sua criação pode se tornar muito divertida: basta coletar pedrinhas (não muito grandes e pesadas) e pintá-las, escrevendo cada letra do alfabeto em uma pedra diferente.

As famílias podem orientar as crianças a reconhecer sons e símbolos, montar palavras, combinar as pedrinhas, construir frases e até textos maiores. Tudo vai depender da habilidade dos pequenos. Uma variação é escrever na parede uma palavra e esconder as pedras com essas letras pela casa, deixando as crianças responsáveis por encontrá-las. Mas também é possível permitir que elas expressem sua criatividade e, com o alfabeto móvel em mãos, proponham os jogos e diferentes formas de usá-lo.

O alfabeto móvel é um recurso muito utilizado no processo de alfabetização e pode ser feito com elementos encontrados na natureza (como folhas de árvores ou conchinhas do mar) ou outros materiais, como papelão, pregadores de varal ou E.V.A. As peças também podem conter letras repetidas, serem distribuídas em um tabuleiro ou superfície plana e usadas para caça-palavras.

As brincadeiras sensoriais são ótimas para crianças menores, que estão explorando e reconhecendo o mundo das letras. Para essa brincadeira, você vai precisar de uma bandeja, folha de papel, um pincel e arroz colorido (mistura de sementes, areia ou outro material semelhante). Cubra a bandeja com esses grãos e escreva letras no papel para que a criança possa copiá-las movendo o pincel entre os grãos, desenvolvendo a coordenação motora.

Uma variação possível é esconder um papel dentro da bandeja, com letras ou palavras escritas, e cobri-las com as sementes para que sejam desvendadas com o pincel. 

Pelas incontáveis possibilidades de combinação, as peças de lego estão entre as campeãs da audiência infantil. Assim, elas também podem ser usadas para ajudar os pequenos em idade pré-escolar. Com uma caneta hidrocor, você pode escrever letras maiúsculas e minúsculas nas peças para a criança fazer a correspondência.

Outra opção é pegar peças maiores, de quatro pinos, e escrever palavras de quatro letras, pedindo para seu filho encaixar a mesma sequência de letras com as peças de um pino (veja um exemplo).

A ideia é a mesma da brincadeira tradicional: jogar a pedrinha e atravessar aos saltos, entre uma e duas pernas, as casas riscadas de giz (ou feitas de folhas de papel, dispostas no chão), pulando aquela que estiver marcada pela pedra. A diferença é que os números são substituídos por letras do alfabeto ou por sílabas prontas.

Foto: iStock

Em vez de números, a amarelinha pode conter letras e ajudar a formar palavras

Em cada casa que a pedra cair, a criança deve passar por um desafio, dependendo de sua intimidade com o alfabeto: pode ser o reconhecimento de uma letra, a leitura de uma sílaba ou a construção de uma ou mais palavras iniciadas por aquela letra ou sílaba.

Para a pedra não cair sempre nos mesmo lugares, você pode colocá-la em cima de cada letra ou sílaba, uma de cada vez, para que a criança passe por todas as casas. Os desafios também podem ir aumentando, dependendo da disposição e criatividade das famílias. Se a amarelinha for feita com folhas de papel, a criança pode terminar a brincadeira construindo palavras com as próprias casas.

A coordenação motora, a forma e a prática das letras também podem ser trabalhadas com brincadeiras que envolvem materiais modeláveis, como massinha, palitos de sorvete e lã. Experimente escrever em um papel letras em caixa alta e deixe com que as crianças cubram as letras com um desses materiais.

Uma atividade para aproveitar latinhas usadas, garrafas pet, rolos de papel toalha ou qualquer material que possa ser utilizado como pinos de boliche – distribuídos lado a lado ou em triângulo, como no jogo tradicional. Você pode colar moldes de vogais e consoantes em cada um dos pinos e pedir para que as crianças joguem uma bola para acertar alguma das letras. O objetivo é identificar as letras do pino derrubado, e dizer uma palavra que inicie com o fonema correspondente.

Para as famílias que gostam do processo de montagem de jogos e brinquedos, aqui vai uma dica para reaproveitar materiais e explorar mais um alfabeto móvel.

Materiais

Basta abrir a caixa de sapatos e colar, horizontalmente, os gargalos de garrafas pet na parte interna da tampa, assim como é mostrado no vídeo. Nas tampinhas, escreva em caneta hidrocor cada uma das letras do alfabeto (pode repetir para ter mais letras disponíveis). Você pode deixar peças de papel e caneta junto com as tampinhas dentro da caixa para desenhar objetos, letras ou palavras, pedindo que as crianças encaixem as letras correspondentes nos gargalos.

Mais uma dica para os arquitetos e arquitetas de plantão é a criação do rolo de sílabas. Você pode usar rolos de papel higiênico, para criação de palavras com duas sílabas, ou de papel toalha, para desafios maiores.

O Twister é um jogo bastante popular entre crianças e adultos. Ele tem a capacidade de mesclar a coordenação das partes do corpo, e pode ser adaptado para várias finalidades, entre elas, o aprendizado do alfabeto ou a junção de sílabas. Você pode tanto reciclar um jogo que já tenha em casa ou construí-lo.

A cada jogo, é possível ir desenhando letras diferentes na roleta e no tapete. Assim, ao atender aos comandos da roleta, posicionando a mão ou o pé nos círculos indicados, a criança ainda tem o desafio de imaginar palavras com aquela vogal ou consoante. As charadas podem ser elaboradas conforme a idade dos participantes, mas o objetivo continua sendo o mesmo: vence quem tem a melhor estratégia de se posicionar no tapete e fica mais tempo no enrosco.

Foto: Rede La Salle

O jogo Twister de leitura auxilia tanto na alfabetização quanto na coordenação motora

Nada mais comum no universo da criança do que fantasiar. As histórias alimentam o mundo simbólico, estimulam a memória e favorecem a descoberta da relação entre as letras e os sons, além de ajudar a organizar a escrita. Essa brincadeira é para os apaixonados por criar histórias, gastando uma boa dose de imaginação!

Materiais

Escreva palavras nos post-its e enrole-os, amarrando com pequenas fitas ou colocando dentro pedaços de canudinhos cortados. Coloque tudo no pote de vidro, garrafa pet ou simplesmente em uma caixa. O foco está menos nos materiais e mais na forma de uso.

A ideia é pedir para uma criança tirar um dos papéis, ler e iniciar uma história com a palavra em mãos. A próxima pessoa retira outro papel e continua a história com aquela nova palavra. A família pode aproveitar para gravar ou escrever o enredo para se divertir depois de algum tempo.

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