Recursos visuais e sonoros são linguagens que as crianças com autismo costumam dominar melhor. Por isso, apps podem ser ferramentas pedagógicas e terapêuticas
Se utilizadas com cuidado, ferramentas tecnológicas são bem-vindas para ajudar as crianças com autismo a se comunicar por meio de recursos visuais e sonoros. Anote essas dicas.
Crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA) comumente apresentam muitas dificuldade de interação social e desenvolvimento da fala. Por isso, ferramentas tecnológicas são bem-vindas para ajudá-las a se desenvolver por meio de recursos visuais e sonoros – linguagens que eles dominam com maior facilidade.
Com o cuidado de não extrapolar na quantidade de horas diárias junto ao tablet ou celular, os aplicativos com intenção pedagógica e/ou terapêutica podem ser aliados potentes dos pais, professores e cuidadores na educação de crianças com autismo.
Confira algumas dicas e pesquise qual deles melhor se encaixa às necessidades do seu pequeno:
Crianças do TEA nem sempre conseguem lidar com mudanças em sua rotina. Este aplicativo ajuda a organizar as atividades do dia a dia e, com isso, diminui a ansiedade. Disponível para Android e iPad..
O Livox – “Liberdade em Voz Alta” é um projeto do pernambucano Carlos Pereira, pai de uma menina com paralisia cerebral. Vencedor do prêmio da ONU de melhor aplicativo de inclusão, já foi traduzido para 25 idiomas. A proposta é traduzir em comandos de voz símbolos escolhidos pelo usuário.
Voltado para as crianças do TEA que não se expressam verbalmente, este app estimula as crianças a construir frases específicas a partir de símbolo bastante objetivos. Assim, ajuda a comunicar necessidades básicas como ir ao banheiro, fome ou dor. Disponível no iTunes, com versão de teste gratuita.
Neste app, as crianças podem criar histórias e se comunicar a partir de suas vivências diárias. È possível inserir fotos e interagir com outros usuários. Disponível no iTunes.
Esta opção está disponível somente em inglês, o que não compromete sua utilização, já que ele é totalmente visual. A ideia é permitir a comunicação instantânea entre crianças do TEA com os pais e adultos. A criança monta frases com símbolos, que chegam via mensagem de texto no celular da pessoa com quem ela deseja se comunicar. Disponível para Android na Google Play, e na Apple Store.
Se quiser conhecer outros aplicativos infantis relacionados ao autismo, a Fundación Orange, em colaboração com o iAutismm desenvolveu o Appy Autism, site que torna disponível para as pessoas com transtornos do espectro do autismo (TEA) e suas famílias um banco de dados de mais de 400 aplicativos para computadores, tablets e celular.
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Antes dos dois anos, nada de telas
A Academia Americana de Pediatria (AAP), um dos órgãos referência mundial no campo da saúde infantil, orienta que o contato com qualquer tipo de tela não é recomendável para crianças menores de 18 meses. A partir dos 18 meses, até os 24, a AAP recomenda que a criança assista a programações-de qualidade- acompanhada de um adulto, que poderá ajudá-la a entender o conteúdo e a relacioná-lo com o mundo. No caso de crianças de 2 a 5 anos, a recomendação é que a exposição às telas, também acompanhada por um adulto, seja de até 1 hora por dia.