Os exemplares de cordel são do Acervo de Literatura Popular em Versos da Fundação Casa de Rui Barbosa
Após processo de restauração, o Acervo de Literatura Popular em Versos da Fundação Casa de Rui Barbosa digitalizou mais de 2.300 exemplares da coleção.
Você já ouviu falar em cordel? Este tipo de publicação surgiu na metade do século 19 e se expandiu da Bahia ao Pará. Os folhetos, vendidos nas feiras, era a principal fonte de informação da população e trazia desde aventuras de cavalaria até histórias populares.
Agora, quem quiser conhecer importantes manifestações do gênero pode consultar o Acervo de Literatura Popular em Versos da Fundação Casa de Rui Barbosa, que disponibiliza mais de 9.000 folhetos de cordel –2.340 deles foram digitalizados. Trata-se do maior acervo de cordel na América Latina.
A fundação também deu início a um processo de restauração do material, que, por contar com papel de baixa qualidade, exibia deterioração e marcas de acidez e escurecimento.
No acervo digital, é possível buscar cordéis por meio de palavras-chave e por autores. Os poetas estão divididos entre primeira e segunda geração – sendo os pioneiros nascidos na segunda metade do século 19 e com ingresso na atividade do cordel entre 1893 e 1930. No segundo grupo, estão poetas nascidos no início do século 20.
É bonito observar a forma como os artistas nordestinos foram imprimindo seu estilo e o imaginário regional ao cordel, relatando façanhas de cangaceiros, acontecimento políticos, milagres e até propaganda. Assim, deram origem a um vocabulário bastante próprio. Outra atração à parte são as xilogravuras e desenhos dos folhetos, bela expressão da arte popular.
O acervo disponibilizado pela fundação pode ser um excelente apoio para apresentar as crianças a esse tipo de literatura dentro da sala de aula ou em casa.
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