Cauda de sereia: SBP e Inmetro visam proibir venda do acessório

Fique atento aos riscos, pois a cauda de sereia prende as pernas e pés do usuário, dificultando a flutuação

Da redação Publicado em 21.12.2017

Resumo

Entre os perigos está a possibilidade de prender as pernas e pés do usuário, dificultando a flutuação, comprometer o equilíbrio e até mesmo ficar em pé

Recentemente, na novela “A Força do Querer”, uma personagem vivida pela atriz Isis Valverde (Ritinha) era adepta do sereísmo, um estilo de vida que inclui usar acessórios que se remetem à sereia.

Esse conceito têm crescido no Brasil e, com o estímulo da publicidade infantil, tem feito sucesso entre as crianças. Com o objetivo de avaliar os riscos dessa prática, algumas organizações em prol da segurança da infância se reuniram com a direção do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), no Rio de Janeiro, para criar uma  Comissão Técnica para discutir a disponibilização do acessório “cauda de sereia” no país.

O grupo é composto por representantes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Organização Criança Segura Safe Kids Brasil, Fundação Abrinq, Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) e da Associação Nacional dos Construtores e Fabricantes de Piscinas e Produtos Afins (ANAPP).

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Reprodução/Instagram/boracaymermaids/

No Brasil, técnicos alertam sobre os riscos do acessório “cauda de sereia”

Segundo o presidente do departamento científico de Segurança da Criança e do Adolescente da SBP, Mário Hirschheimer, todos os participantes sinalizaram os riscos associados ao produto e defenderam a possibilidade de o produto ser banido das lojas no Brasil.

Enquanto isso não ocorre, o objetivo é promover uma divulgação enfática sobre os perigos do uso do acessório. E isso vale para qualquer idade.

Os produtos deverão inserir nas embalagens a seguinte informação:

“O Inmetro alerta sobre o risco de morte por afogamento no uso da cauda de sereia. Fique atento aos riscos, pois a cauda de sereia prende as pernas e pés do usuário, dificultando a flutuação; compromete o equilíbrio do usuário, dificultando inclusive ficar em pé; e pode levar ao afogamento de forma silenciosa, até em piscinas rasas, mesmo para nadadores experientes”.

Agora, a diretoria do Inmetro definirá os próximos passos, que inclui a análise do tema pela comissão técnica. Também está prevista a criação de uma campanha educativa com foco na prevenção de acidentes na utilização do produto pelo público infantil.

Saiba mais sobre o assunto no site da SBP.

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