Todas as crianças têm direito à literatura, à fantasia, e ao mundo construído a partir das palavras e das imagens
O rumor das histórias que lemos quando éramos crianças permanece conosco, como a música, como uma voz, como um encanto. E nos fortalece, ajudando-nos a construir um abrigo imaginário onde podemos passar algum tempo no reino do “era uma vez".
Aqui no Lunetas, vamos celebrar o Dia das Crianças de um jeito diferente, com campanha #presentesqueficam. O que é isso?
É defender a ideia de que, mais importante do que presentear os pequenos com brinquedos prontos e coisas materiais, é oferecer as condições e o ambiente necessários para desenvolvimento pleno da infância: segurança, respeito, afeto e, principalmente, liberdade de ser.
Há muitos jeitos de presentear. É o contato com a natureza, o cultivo das relações familiares, o olhar para o outro, a transmissão do cuidado com o espaço público ou contando uma história. Todas as crianças tem direito à literatura, à fantasia, ao mundo construído a partir da palavra escrita.
Nesse sentido, a literatura infantil é um presente e tanto, principalmente porque as boas histórias têm o poder de durar para sempre na memória, e por isso são presentes infinitos. Nosso parceiro A Taba listou oito motivos para presentear as crianças com livros.
Porque, no fundo, cada vida é uma história. E ao espreitar as páginas de um livro, as crianças abrem os olhos para as inúmeras histórias de vida das pessoas.
Como qualquer um de nós, as crianças querem saber o que as outras pessoas pensam, como se sentem, como resolvem problemas, como se apaixonam, por que choram e riem, sonham e têm pesadelos.
Os livros “emprestam” a elas a experiência de outros que viveram mais tempo para que possam “lê-las”.
Porque as crianças sabem que junto de uma história, há uma mãe ou um pai que virá lê-la todas as noites. E elas também sabem que eles vão ficar na beira da cama e não irão se ocupar de seus assuntos de adultos ou desligar a luz, pelo menos até que a história seja concluída. E, por isso, sempre pedem que leiam de novo e de novo e de novo …
Porque um livro é como um barco que conecta duas margens: dia e noite, para dormir e acordar, luz e sombra. E nesse barco, as crianças deslizam lentamente a partir do mundo real para o mundo dos sonhos.
Por uma série de razões práticas que as crianças não se preocupam, mas que são importantes para suas mães. Por exemplo: os livros não se desmontam em milhares de pequenos pedaços de plástico que precisam ser recolhidos pela casa quando a festa de aniversário acabou. Nem precisam de baterias ou têm mecanismos complicados ou exigem a compreensão das instruções de montagem escritas no manual.
Como nem todos os meninos nem meninas são iguais, os livros também são diferentes. Há aqueles sobre múmias, dinossauros e reinos distantes, sobre monstros e fadas, sobre a vida real e a vida imaginária. Alguns são para chorar e outros para rir, alguns cantam, outros são como museus abertos todas as horas e todos os dias da semana. Há alguns para serem lidos pelo toque, com os ouvidos e dentes como bebês – para ler e reler um pouco mais para a imaginação, com o coração, com espanto.
E porque muitos livros – e sabemos disso depois de muitos aniversários – permanecem na memória. Seus efeitos não expiram com o tempo, mas o contrário. O rumor das histórias que lemos quando éramos crianças permanece conosco, como a música, como uma voz, como um encanto … E nos fortalece, ajudando-nos a construir um abrigo imaginário onde podemos passar algum tempo jogando no reino do “era uma vez, há muitos anos atrás “… jogando no reino dos mundo possíveis e impossíveis que nunca termina.
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