O autor Andrew Solomon fala sobre as chamadas "identidades horizontais” (isto é, divergentes dos padrões familiares e sociais predeterminados)
Resultado de uma ampla investigação sobre as tensões entre identidade e diferença em famílias com filhos com deficiências, "Longe da árvore" é um ensaio sobre a tolerância e a valorização da diversidade.
O livro Far From The Tree (“Longe da Árvore”) publicado pela Companhia das Letras em 2013, investiga a vida de famílias com filhos com Síndrome de Down, autistas, prodígios, transexuais, esquizofrênicos, crianças com deficiências simples ou múltiplas e crianças cuja concepção foi fruto de um estupro. Crianças, enfim, que foram “diferentes” e desafiaram o afeto dos pais. O subtítulo “Pais, filhos e a busca da identidade” — dá uma pista sobre o conteúdo da obra, assinada por Andrew Solomon (autor “O demônio do meio-dia”, uma das mais famosas publicações sobre depressão).
O enfoque do livro é traçar perfis de famílias e crianças marcadas pela excepcionalidade, ou seja, filhos que nasceram na contramão da expectativa dos pais.
“Surdos, anões, indivíduos com síndrome de Down, autistas, esquizofrênicos, portadores de deficiências múltiplas, crianças prodígios, filhos concebidos por estupro, transgêneros e menores infratores: dez “identidades horizontais” (isto é, divergentes dos padrões familiares, linguísticos e sociais predeterminados), sujeitas em graus distintos a influências genéticas e ambientais, compõem a constelação de temas deste magnífico tour de force sobre os sentidos de ser diferente e, principalmente, de aprender a amar e respeitar as diferenças.”, diz a apresentação da obra.
Devido à sua complexidade, o livro demorou dez anos para ficar pronto. O autor entrevistou centenas de pessoas, realizando uma profunda pesquisa sobre cada uma das condições abordadas. Proveniente de uma família judia tradicional, ficou marcado em Solomon o fato de seus pais terem lutado incessantemente para tratar sua dislexia, mas terem tido dificuldade para aceitar sua homossexualidade.
Resultado de uma ampla investigação sobre as tensões entre identidade e diferença em famílias com filhos portadores de deficiências físicas, mentais e sociais, “Longe da árvore” é um ensaio sobre a tolerância e a valorização da diversidade.
Em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, o psicanalista Contardo Calligaris classificou-o como “um dos ensaios mais importantes da última década e afirmou que a leitura do livro “ajudará qualquer pai a não transformar suas expectativas em condições de seu amor”. Assista ao vídeo:
Saiba mais sobre o livro “Longe da árvore“.
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