Protegido: Manual de redação

ORIENTAÇÕES PARA PUBLICAÇÕES E COBERTURA DA INFÂNCIAS

 

Orientações gerais / Princípios

  • Múltiplas infâncias: Lembre-se de que não é possível padronizar e tratar todas as crianças igualmente. Cada uma delas é um ser único e individual. Além disso, há muitas possibilidades de composição familiar. Assim, as crianças e suas famílias devem ser tratadas e compreendidas em sua singularidade.
  • Contexto: Não se limite a apenas divulgar os números e resultados das pesquisas. É preciso interpretar esses dados. Porém, tome cuidado para não levar o texto para um lado personalista e opinativo demais. Trazer leituras e contextos é nosso papel, torna as informações mais interessantes e facilita o entendimento. Da mesma forma, não individualize problemas sociais, como miséria, baixa escolarização, falta de moradia, entre outros. Sempre que possível, mencione o contexto em que a criança vive.
  • Evidências: Sempre tente relacionar os conteúdos e levar ao conhecimento do público a legislação, como a Constituição Federal, o Marco Legal e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Além disso, vale sempre incluir parâmetros oficiais nas matérias, como relatórios, guias e cartilhas, como os documentos da OMS (Organização Mundial de Saúde), SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Ministério da Saúde, entre outros.  (Com exceção do Marco Legal pela Primeira Infância(disponível na íntegra aqui), todas as principais leis e convenções da ONU relacionadas à primeira infância estão disponíveis no site do Unicef.
  • Acolhimento: Nosso jornalismo é inclusivo. Sempre lembramos de falar de todos os gêneros, pais e mães, pessoas com e sem deficiência, diferentes etnias e diversos níveis socioeconômicos e culturais.
  • Infância brasileira: Procure não usar termos em inglês, prefira termos em português que explicam o conceito. No caso de termos internacionalmente estabelecidos, como BLW (Baby-led Weaning), sempre explicar o que significam ou procurar correspondentes em português.
  • Não existem verdades absolutas: Evite imprecisões, como “crianças pequenas”, ou generalizações como “todos os garotos”, “todas as meninas”, “todas as famílias são assim”. Deixe claro que não existem um único caminho e nem receitas prontas.
  • “É preciso uma aldeia para cuidar de uma criança”: para que as crianças se desenvolvam integralmente, é fundamental que todos os serviços públicos conversem entre si para cuidar das crianças e das famílias. Da mesma forma, devemos lembrar que a família, o Estado e a sociedade são responsáveis pelas crianças.

 

 

ÍNDICE

1. Gestação e parto
Boas práticas
Termos e expressões
Imagens

2. Saúde e inclusão
Boas práticas
Termos e expressões

3. Criança em casa
Boas práticas
Termos e expressões
Imagens
Representatividade

4. Criança na escola
Boas práticas
Termos e expressões

5. Direitos das crianças
Boas práticas
Termos e expressões que não usamos
Imagens

6. Entrevistando crianças
Dicas para conversar com crianças

7. Acessibilidade

8. Recomendações SEO

 

 

1. GESTAÇÃO E PARTO

Para a maioria dos brasileiros, a gestação é considerada apenas do ponto de vista médico e biológico. Questões como não fumar e não ingerir bebida alcoólica, cuidar do peso e da alimentação são muito valorizadas pela população. (Percepções e práticas da sociedade em relação à primeira infância. FMCSV 2012). Entretanto, também é importante ressaltar os aspectos psicossociais da gestação.

Boas práticas

  • Aborde, sempre que possível, por meio de depoimentos e experiências, como é importante uma rotina agradável na gestação com apoio emocional, exercícios físicos e momentos de descanso e lazer.
  • Valorize sempre a rede de apoio. Utilize estudos, pesquisas e depoimentos para reforçar que a gestação deve ser amparada tanto pela família quanto pela comunidade.
  • Ressalte a importância das consultas pré-natais (no mínimo, sete, conforme orientação do Ministério da Saúde)
  • Utilize uma abordagem mais humanizada e menos idealizada da gestação. É importante reconhecer que este é um período que também é acompanhado de angústia, depressão, ansiedade, medo e outras emoções e sentimentos que precisam ser considerados e acolhidos.
  • Sempre que couber, mencione o Marco Legal da Primeira Infância, ele garante uma série de direitos para as gestantes como orientação sobre aleitamento materno e desenvolvimento dos bebês.

 

Parto

O Brasil é campeão mundial de cirurgia cesarianas com (55% de todos os partos realizados no país são cirúrgicos, sendo que, na rede privada, o índice chega a 80%). A Organização Mundial da Saúde considera que vivemos em uma epidemia de cesáreas, e preconiza que, em um cenário ideal, apenas 15% das crianças deveriam nascer por via cirúrgica.

Boas práticas

  • Procure sempre trazer experiências diversas de partos e acolher as experiências das famílias; porém, faça isso divulgando os dados e as evidências científicas que demonstram a importância do parto normal e assistência humanizado ao nascimento.
  • Novas diretrizes para reduzir intervenções médicas desnecessárias no parto
  • Evidencie a existência do plano de parto.

Termos e expressões

Parto humanizado
“Parto Humanizado” não pode ser entendido como um “tipo de parto”, em que alguns detalhes externos o definem como tal – como o uso da água, a posição, a intensidade da luz, a presença de um acompanhante ou qualquer outra variável.
A humanização do parto é um processo culturalmente construído, e por isso devemos lutar por isso enquanto sociedade. No lugar de parto humanizado, é possível usar “assistência humanizada ao nascimento” ou “modelo de assistência ao parto”.

Imagens

Procure usar imagens de gestante não só do recolhimento de casa, mas também em momentos de lazer, em situações que destacam o apoio da família à gestação e que exemplificam como elas podem ser atendidas e apoiadas em suas atividades pela comunidade. A maioria das imagens que aparecem em sites de busca na internet mostram um close da barriga ou grávidas em situação de isolamento social. Escolha fotografias que mostrem mulheres ativas, com o apoio da família e da sociedade.

 

 

2. SAÚDE E INCLUSÃO

O Lunetas acredita que o jornalismo deve informar e esclarecer, e não causar medo ou piedade, principalmente nos casos em que divulgamos alguma deficiência ou limitação das crianças e famílias. Ou seja, quando o assunto é saúde e inclusão, não queremos supervalorizar a superação dos limites, e sim mostrar que com apoio e respaldo, é possível viver bem apesar das faltas. Assim, optamos por salientar a superação, e mostrar que, com tratamento adequado, apoio e empatia, tanto da família como da sociedade, as crianças podem viver uma vida plena. A criança têm direito à proteção, à vida e à saúde. Tais direitos se efetivam por meio de políticas públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

Boas práticas

  • Dê visibilidade a questões individuais com as quais o público pode se identificar, mas com cuidado para não expôr as crianças ou suas famílias, nem reduzir a complexidade do tema a um jogo de vítimas e culpados;
  • Nunca aponte uma etiologia (termo médico que define o estudo das causas das doenças) de uma doença sem ter certeza.
  • Também não denomine a síndrome como “letal”, “fatal” ou “mortal”. Existem milhares de pacientes com aquela doença que podem se apavorar com informações desse tipo, e há muitas variáveis envolvidas que impedem uma generalização.
  • Sempre que possível, mencione no texto pesquisas e informe a fonte e o porte do estudo citados, além do ano de realização/publicação. É importante respaldar os argumentos com o que a ciência diz.
  • As necessidades de saúde das crianças são as mesmas, independentemente de classe social. Procure reforçar o que é preciso para todas as crianças brasileiras, sem distinção de nível socioeconômico, a não ser que sua comunicação esteja de fato tratando de uma faixa etária específica da sociedade, ou de uma cidade, comunidade ou região.

Termos e expressões

Referir-se de forma adequada a pessoas ou grupo de pessoas é importante para enfrentar preconceitos, estereótipos e promover igualdade.

Não use:
Criança portadora de necessidades especiais ou portador de deficiência
Pessoas portam coisas, objetos como uma carteira ou uma arma, e não características individuais. Neste caso, utilizamos crianças com necessidades específicas.

Não use:
Criança surda-muda.
“Surdo” ou “surda” são suficientes. O termo “surdo-mudo” denota incapacidade de comunicação, o que não acontece com pessoas surdas, e já está ultrapassado.

Não use:
Intérpretes de surdos.
Os intérpretes são de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e auxiliam de partos a formaturas em São Paulo. Para interpretar surdos, eles seriam atores. Não é o caso. Eles são como tradutores, mas de uma língua gestual, por isso, intérpretes.

Não use:
Autismo como sinônimo de doença. Pessoas do espectro autista não têm uma doença, mas sim um transtorno neurológico e sensorial. Pode-se dizer também “condição”.

Não use:
“Abrigo”. O termo é ultrapassado e deve ser substituído por “serviços de acolhimento”.

Síndrome de Down
Não use:
Portador de síndrome de Down
Prefira “Pessoa com síndrome de down”

 

 

3. CRIANÇA EM CASA

O Lunetas se propõe a fazer uma cobertura jornalística que converse não só com mães e pais, e sim com todos interessados pela infância. Além disso, queremos rebater a ideia de que o cuidado com as crianças é uma responsabilidade natural das mães. Sempre destacamos que o amor e o afeto são fundamentais para o desenvolvimento das crianças.

Boas práticas

  • Ao contar a história de uma família, tenha sempre em mente que talvez não tenham experiência para avaliar com profundidade suficiente o impacto de uma divulgação na internet e suas possíveis consequências. Tome esse cuidado por eles.
  • No site e nas redes sociais, não direcione a mensagem apenas às mães, isso pode afastar outros atores.
  • Não julgue, não culpe as mães. Da mesma forma, não idealize o papel dos pais: não existe um jeito certo e absoluto de criar filhos. Matérias que trazem definições fechadas como “pai sente isso”, “mães agem assim”, reforçam modelos e estereótipos nocivos para alcançar a igualdade que queremos.
  • Quando formos abordar assuntos que socialmente são entendidos como práticas restritas a um gênero, sempre reforçar que podem ser praticadas por ambos. Por exemplo “5 dicas de penteados para meninas”, estaria incorreto, afinal, meninos também podem ter cabelo comprido.
  • Evitamos diminutivos sempre que possível. Mesmo que em um contexto carinhoso, eles reforçam a fragilidade da criança, e não sua integridade e autonomia. Por exemplo, “festinha”, “comidinha”.
    Sempre que possível, destaque a importância da qualidade dos ambientes que a criança é exposta para o seu desenvolvimento. Os espaços devem ser seguros, saudáveis e devem proteger as crianças de violência, doenças e acidentes.
  • No Lunetas, leitura para criança é levada a sério! Por isso, divulgamos e resenhamos livros infantis de qualidade que podem ser trabalhados com as crianças para abordar os mais variados temas. Para isso, é fundamental verificar as fontes (qual é a editora, quem é o autor, quais são os espaços que valorizam a literatura feita para a criança, etc). Porém, a literatura não deve ser vista como algo utilitário, e sim como uma linguagem artística que amplia o repertório de mundo das crianças.

Expressões

A parentalidade é um assunto que está cada dia mais em voga. Por isso, todos os meses surgem termos novos para falar sobre criação de crianças. Por isso, às vezes, usar termos novos para falar sobre as mesmas coisas pode confundir o leitor.

Prefira: dormir na cama dos pais ao invés de cama compartilhada.
Prefira: “educar os filhos entendendo e respondendo às suas necessidades” ao invés de “criação com apego”.
Prefira: “criação sem castigos e palmadas” ao invés de “disciplina positiva”.
Prefira: “criança entre um e três anos de idade” ao invés de toddler ou terrible two.

Imagens

  • Existem famílias formadas de diferentes maneiras: mãe com avó, criança e tios, dois pais, duas mães. Procure lembrar dessas múltiplas composições familiares ao escolher as fotos, não somente em matérias que abordem o assunto.
  • Homens também cuidam de crianças e bebês. Leem, dão comida, levam na escola. Lembre-se disso na hora de escolher as imagens para não reforçar o papel exclusivo das mulheres nessas atividades.
  • Priorize imagens de crianças ativas, que estejam claramente fazendo algo ou interagindo com alguém.
  • Devemos demonstrar que as crianças não são passivas, mas sim exploradoras do mundo.
  • Evite imagens que retratam a criança vestida ou executando ações de adultos. Por exemplo, uma criança num laboratório, vestida de avental, terno ou outros uniformes de profissões. Isso reforça uma imagem de adultização que preferimos evitar.
  • Na hora de escolher as fotos, procure variar o perfil da criança, considerando sempre a multiplicidade do povo brasileiro. Escolha imagens de crianças negras, indígenas, ribeirinhas, descendentes de orientais e de crianças com deficiência.
  • Evitar utilizar imagens de crianças com limitações específicas somente nas matérias sobre o tema em questão – por exemplo, foto de criança em cadeira de rodas para exemplificar deficiências. Afinal, é direito de TODAS as crianças brincar, ir à escola, ter uma família, etc.

Representatividade

Muitas meninas e meninos, por sua origem étnica ou pelo lugar onde vivem encontram-se comumente fora das pautas da imprensa. A pesquisa Imprensa e Racismo, realizada pela ANDI – Comunicação e Direitos, em parceria com organizações ligadas ao Movimento Negro, analisou 54 jornais de todas as regiões do país entre 2007 e 2010 e apontou que temas importantes para o debate sobre racismo continuam invisíveis na imprensa. Alguns desses temas são saúde da população negra, relações entre raça e gênero e ensino da História e da cultura africana e afro-brasileira, que apareceram em menos de 2% das notícias pesquisadas.

O Lunetas adota uma perspectiva para a cobertura jornalística que está alinhada ao combate ao racismo em todos os conteúdos. Além do uso de uma representação livre de estereótipos, o repórter do Lunetas deve estar preparado para, quando necessário, contextualizar as situações de desvantagem desses grupos, promover debates qualitativos sobre as desigualdades de raça e etnia e apto a produzir notícias e imagens positivas destes grupos.

Boas práticas

  • Ao se referir a famílias, profissionais e crianças negras, não use termos como “morena”, “mulata” ou “de cor”.
  • Não é ofensa chamar alguém de negro(a).
  • Evite usar imagens de crianças negras chorando, ou em situação de vulnerabilidade extrema, mesmo que a pauta seja uma denúncia sobre isso.
  • Pense em diversidade ao escolher imagens para ilustrar as matérias.
  • Escolha pessoas negras como fontes qualificadas para ilustrar qualquer tipo de reportagem.

 

 

4. CRIANÇA NA ESCOLA

Boas práticas

Nossa cobertura do tema está alinhada com o conceito de educação integral. Consideramos que a educação não acontece só em espaços formais ou instituições escolares, mas sim na rua, na família, e no convívio com o outro. Por isso, evite associar “educação” à “escola” de forma restrita.

Explique sobre o que você está falando: quando for falar de Educação Infantil, por exemplo, deixe claro que você está falando de creches. O termo vem sendo usado para se referir a qualquer tipo de educação de crianças, seja em instituições, seja em casa, e isso pode gerar confusão.

Termos e expressões

  • Use expressões adequadas para falar de Educação Infantil. Não use o termo “ensino” para se referir a essa etapa da educação, prefira “aprendizagem” ou “aprendizado”. Também se refira a essa etapa como “preparatória” para o Ensino Fundamental. Em vez de “ensino infantil” ou “etapa de ensino”, utilize “Educação infantil ou “etapa da educação básica”. Também evite termos como “alunos”.
  • Evite utilizar o termo “metodologia de ensino” quando for se referir a uma linha pedagógica. Waldorf, Montessori ou Construtivismo, por exemplo, não são metodologias, pois não preconizam receitas prontas, e sim olhares para determinados aspectos do desenvolvimento infantil. Prefira “abordagem de aprendizado” ou “proposta de aprendizagem”, quando for o caso.

 

 

5. DIREITOS DAS CRIANÇAS

O Lunetas quer contribuir para uma cobertura jornalística que não apenas expõe situações de violação de direitos da criança, e não se limite a denunciar, mas que procure um equilíbrio, sempre trazendo soluções propositivas para as questões.

Embora as denúncias sejam importantes para chamar a atenção do público e dos tomadores de decisão para uma determinada questão, cabe ao repórter dar um passo além, apresentando propostas e soluções, a fim de colaborar para o avanço do debate público.

Apesar de a violência ser pauta frequente, ela recebe pouca atenção dos meios de comunicação no que diz respeito aos seus impactos no desenvolvimento, com consequências ao longo da vida, interferindo na aprendizagem, na saúde e no comportamento.

Boas práticas

  • Consulte sempre a legislação sobre o tema da matéria, especialmente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
  • Evite o sensacionalismo. Sensacionalismo torna a matéria pobre e contribui para revitimizar as crianças e adolescentes. E há mais: esse tipo de enfoque gera na sociedade um sentimento de impotência ou de intolerância, além de banalizar ou naturalizar o problema e estigmatizar a vítima.
  • Inclua sempre informações de serviço.
  • Sempre que possível, acompanhe os desdobramentos da reportagem.
  • Tome cuidado ao abordar a ação de projetos, organizações sociais e/ou artísticas que atendem crianças pobres.
  • Tentamos evitar a imagem de vítimas que recai sobre elas, reforçando estereótipos.
  • Ao comunicar qualquer violência como violência doméstica ou trabalho infantil enfatize quais direitos estão sendo violados, como educação, saúde, convivência familiar, etc.

Termos e expressões que não usamos

Criança carente: prefira termos que não façam juízo de valor. Dessa forma, só reforçamos estereótipos. A palavra pede um complemento, é preciso ser carente de algo.

Menor de idade: o termo “menor” não é mais usado desde 1990, quando se extinguiu o Código de Menores, que foi usado para marginalizar as crianças.

Meninos e meninas de rua: essa nomenclatura é considerada pejorativa, já que traz uma ideia estigmatizante dessa população. Use: meninos / meninas / crianças em situação de rua. O termo “situação” enfatiza a possível transitoriedade e
efemeridade dos perfis desta população. Ou seja, as crianças e adolescentes que estão em situação de rua podem mudar por completo o perfil.

Menor infrator: o correto é empregar a designação “adolescente autor de ato infracional”, embora algumas pessoas admitam “adolescente em conflito com a lei”. Ao usar a palavra infrator, considera-se como realidade algo que é circunstancial. É como chamar de escravo alguém submetido a trabalho forçado. Ele não nasceu escravo nem permanecerá assim, foi uma circunstância de vida.

Que o jovem cometeu crime: crime, pelo Direito Penal, é para adultos, os adolescentes cometem ato infracional.

Pena para jovens: no caso dos jovens, chamamos de “medida socioeducativa”.

Prostituição: meninos e meninas são sempre vítimas de exploração sexual e nunca de prostituição, que é exercida apenas a partir da escolha consciente de adultos que conhecem as consequências de comercializar o próprio corpo.

Imagens

  • Nunca mostre crianças em situação vexatória ou constrangedora – por exemplo, em uma situação de abuso ou exposição demasiada do corpo. Segundo o artigo 18 do ECA, “é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”.
  • Evite recurso de tarja nos olhos. Isso “criminaliza” as crianças por sugerir uma leitura que incrimina a criança ou a expõe a situação humilhante.
  • Em vez de retratar o rosto triste ou chorando de uma criança que vive em um ambiente de pobreza, procure mostrar o contexto: a situação de saneamento, a condição das casas, das creches, das escolas e dos postos de saúde, ajudando a entender melhor a complexidade da situação.

 

 

6. ENTREVISTANDO CRIANÇAS

  • Não entrevistamos crianças para perguntar sobre a violência sofrida. Isso gera “revitimização” e sofrimento, além de uma exposição desnecessária que faz a criança reviver o trauma;
  • Não peça para a criança encenar ou falar sobre coisas que não aconteceram, a fim de evitar estereótipos e abordagens sensacionalistas, ou mesmo induzir a uma conduta esperada pelo jornalista;
  • Identidade da criança – Ao decidir preservar a identidade de uma criança, recomenda-se que o jornalista recorra a um nome fictício. Embora a Justiça aceite que se publique as iniciais do entrevistado, isso ainda permite identificar a criança, especialmente em comunidades onde todos se conhecem, como escolas;
  • Seja tolerante – As crianças devem ter a liberdade de determinar, depois da entrevista, o que deve ou não entrar na matéria, alterando ou excluindo declarações mais polêmicas.

Dicas para conversar com crianças

Ao entrevistar uma criança, procure sentar-se para ficar mais próximo da altura dela. Jornalistas que perguntam “de cima para baixo” criam uma relação de poder com a criança entrevistada, e não uma abordagem acolhedora e de diálogo.

Use linguagem apropriada à idade, mas não menospreze a criança.

Não generalize. Não há apenas uma maneira certa de entrevistar crianças. Por exemplo, algumas se abrem mais quando estão em grupo. Outras, quando estão sozinhas com o jornalista.

Se a criança não estiver à vontade para se abrir e falar, comece perguntando sobre os hobbies dela, mesmo que não sejam importantes para a reportagem. A aproximação é construída aos poucos, e fundamental para a confiança entre entrevistador(a) e entrevistado(a).

Objetividade é bem-vinda na hora de falar com as crianças. Perguntas específicas como “Me dê um exemplo de outra situação em que você se sentiu dessa forma” são geralmente mais eficazes do que um mero “Por quê?”.

Após a entrevista

  • Antes de ir embora ou desligar o telefone, deixe seus contatos e explique que a família pode procurá-lo no caso de dúvidas ou preocupações.
  • Seja mais tolerante com as crianças do que seria com adultos, deixando sempre um canal de diálogo aberto no caso de declarações que gerem dúvidas ou receios.

Imagens de crianças
Importante: toda entrevista e foto publicada deve ter autorização do responsável pela criança. Além disso, o repórter deve explicar à família o que ele propõe o enfoque da pauta, e de que forma o material será divulgado. Sempre que possível, esse contato deve ser feito preferencialmente por e-mail ou por escrito, a fim de oficializar a proposta e resguardar ambas as partes.

 

 

7. ACESSIBILIDADE

Clique aqui para acessar o documento.

 

 

8. RECOMENDAÇÕES SEO

Cada texto deve estar otimizado para uma palavra-chave específica.

Uma palavra-chave (keyword) é uma palavra que resume os temas principais de um texto. Identifica ideias e temas de especial importância para servir de referência a pesquisas

São termos compostos por uma ou mais palavras. Elas são a forma como um usuário escreve a sua dúvida nos buscadores com o intuito de obter respostas e solucionar seus problemas.

  • Sempre que possível a palavra chave em foco deve ser inédita.
  • A palavra-chave em foco deve aparece no primeiro parágrafo do texto.
  • A densidade de palavras-chave deve ser de pelo menos 0.5%.
  • Sempre que possível inclua a Palavra Chave em foco: Uma vez no primeiro parágrafo, uma vez no último, em um Intertítulo e pelo menos duas vezes no conteúdo
  • A meta-descrição deve contém a palavra-chave em foco.
  • Devemos sempre tentar fazer o meta description com algo em torno de 140 caracteres (nem muito menos, nem mais). Não pode passar de 150 e não pode ser muito curto (menos de 120) para evitar que apareça cortado ou com alterações na busca do Google. <esses tamanhos podem mudar de tempo em tempo, vale sempre checar no plugin> O Texto deve estar bem atrativo, já que é o que o buscador mostra para a pessoa que está fazendo a busca. Ela deve facilitar o clique e explicar para o usuário o que ele encontrará no texto
  • A palavra-chave em foco deve aparecer na URL da página
  • O texto deve conter no mínimo 300 palavras sempre! Até porque dificilmente você irá explicar algo ou tirar uma dúvida com menos de 300 palavras.
  • Sempre que possível incluir a palavra chave nos Intertítulos (título secundário – H2)
  • A cada 300 palavras é recomendável que seja inserido um Intertítulo (título secundário – H2)
  • Sempre incluir links internos no texto. Use e abuse dos links internos remetendo para outras áreas do site, conforme a recomendação das palavras chaves do planejamento editorial. Quando o termo não tiver uma página prioritária é possível fazer um link para a URL de busca.
  • O primeiro link do texto sempre deve ser interno
  • Considere incluir links externos conforme apropriado
  • Sempre que possível inclua no mínimo um link (interno ou externo) a cada 2 parágrafos

Ao fazer links

Não usar “clique aqui”, “saiba mais”, ou palavras isoladas como “inscrição”, “documento”. Sempre linkar algo que traduza o conteúdo real do link, todo o termo. Exemplos:

No lugar de “inscrição” —————> “inscrição para o II Simpósio de Educação Musical”.

No lugar de “documento” ————->”documento preliminar sobre a Estudo XPTO”.

 

  • O ideal é sempre ter no mínimo uma imagem ou um vídeo dentro do texto (além da imagem destacada). Isso porque Vídeos e imagens são ótimos tanto editorialmente como para indexar bem, então, devemos sempre buscar vídeos e imagens internas para deixar os textos mais atrativos.
  • As imagens do post devem conter atributos alt com a palavra-chave em foco.
  • Antes de inserir a Imagem no Texto. Sempre salve a imagem com o nome contendo a palavra-chave separada por hifens. Exemplo Eu-sou-o-batman.jpg
  • É Recomendável que os parágrafos não possuam mais de 20 palavras
  • É recomendado que o texto contenha no mínimo de 30% de palavras ou frase de transição

 

 

Fontes e referências para saber mais