A única certeza que temos após o surto de Covid-19 é de que não temos certeza nenhuma. O coronavírus chegou arrasando as perspectivas de quem imaginava um amanhã mais estável e linear. Aeroportos reduzindo bruscamente suas atividades, países isolados de quase todo contato fronteiriço e distanciamento social são alguns dos aspectos que poderiam fazer parte de um filme distópico, mas que se tornaram cenas do cotidiano em escala global. O mundo após a pandemia certamente será diferente do já conhecido.
Enquanto alguns têm o privilégio de trabalhar em casa, trabalhadores de serviços essenciais seguem expondo seus corpos ao contágio no mínimo deslize cometido. Ônibus continuam cheios, aglomerações que deveriam ser evitadas são suportadas pela necessidade de sustento digno e desafios antes inimagináveis se mostram agora presentes: como pensar sobre o amanhã quando o hoje não é nada otimista? Como se manter são apesar da realidade preocupante que nos cerca?
A resposta pode estar nas crianças…
A morte sempre foi a garantia singular do ato de estar vivo, porém se tornar algo cada vez mais palpável no decorrer dos dias desespera. Quando a mente entra em curto circuito devido ao turbilhão de notícias ruins, não conseguimos encontrar conforto em nenhum lugar, apenas o caos. Em que iremos nos segurar para viver depois de tanta intervenção fora do nosso controle? Voltaremos a idealizar o amanhã? Teremos convicções em vez de apenas ideias voláteis?
O mundo mudou. Resta a nós começar a entendê-lo da melhor maneira que conseguirmos dentro dessa nova configuração. O Lunetas perguntou para os leitores como poderia ser o mundo após a pandemia. Mesmo com a gravidade da situação atual, desejos de mais amor e empatia foram recorrentes no amanhã que gostariam de ter. Confira os resultados abaixo e aproveite para também responder aí da sua casa com qual novo mundo você se identifica ou quais possibilidades você vê.