Em muitas casas, a educação infantil passa pelo sistema de recompensas, que nada mais é do que oferecer à criança algo em troca para que ela faça o que deve ser feito ou é pedido a ela. Por vezes, cuidadores recorrem a estratégias para resolver a situação de forma rápida, como diminuir uma birra ou mesmo na hora da refeição.
Embora num primeiro momento a prática possa parecer funcional, a psicóloga e psicanalista Carol Lopes, do canal Criar e Crescer, alerta para os efeitos perigosos que podem afetar a educação e o desenvolvimento dos pequenos.
Uma promessa de troca não faz mal a ninguém?
Para Carol Lopes, se a cultura das trocas se torna uma prática frequente e um hábito na relação entre pais e filhos, isso pode trazer pelo menos dois problemas para dentro de casa e inclusive para o desenvolvimento da criança, pois:
- A criança pode querer fazer somente o que trouxer algo em troca: Se isso acontece, a criança perde a oportunidade de aprender sobre habilidades sociais e passa a fazer o que lhe é pedido apenas pela troca, e não pelo cuidado, crescimento e convívio com o outro.
- A criança pode ficar viciada nesse tipo de sistema: Quando isso acontece, a criança vai sempre querer mais e passa a fazer menos coisas do que é esperado dela.
Portanto, a especialista recomenda usar esse tipo de negociação com muita parcimônia e cuidado, de forma que “ensine algo à criança e para que ajude a estabelecer uma rotina na casa, mas não deve virar um movimento de troca”, reforça. Assista ao vídeo sobre sistema de recompensas na íntegra:
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