Os índices de cobertura vacinal no país caíram nos últimos dois anos e continuam em queda. As principais causas são o medo da reação ao imunizante, a disseminação de notícias falsas e a dificuldade em acessar o local de vacinação, como revelou uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, nesta semana. De acordo com o levantamento, 85% dos 4 mil municípios pesquisados apresentam lacunas no plano de vacina de suas crianças.
O cenário preocupa as autoridades de saúde, principalmente porque aumenta o risco da volta de doenças erradicadas, como a poliomielite. A vacina contra a hepatite B é uma das que registraram queda histórica, por exemplo, com 76% das crianças menores de 1 ano imunizadas em 2021 e 75,2%, em 2022, segundo o Ministério da Saúde, que divulgou dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A meta estipulada pela pasta é de 95%. A vacina deve ser aplicada nas primeiras 12 a 24 horas após o nascimento; além das doses protocolares aos dois, quatro e seis meses de idade.
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“Não querer tomar vacina é um direito de qualquer um, mas tomar vacina é um gesto de responsabilidade”, declarou o presidente Lula, no lançamento do “Movimento nacional pela vacinação”, no fim de fevereiro. O projeto objetiva ampliar a cobertura vacinal do país e evitar a disseminação de doenças evitáveis, com a disponibilização dos imunizantes no Sistema único de Saúde (SUS). O cronograma vacinal de 2023 já está em vigor em todo o país.
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Causas do atraso vacinal:
Fonte: Conasems/UFMG