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Ciranda de Filmes propõe reflexões sobre o cuidado

Foto de duas meninas indígenas na floresta, olhando para cima. A imagem é do filme “Para’í” (2018), de Vinicius Toro, e ilustra matéria sobre a Ciranda de Filmes 2023.

Com o tema “Cuidados singulares”, a oitava edição da Ciranda de Filmes traz 55 produções brasileiras que falam sobre a ética e a política do cuidar. As obras enfatizam os saberes negros, indígenas e periféricos sobre os modos particulares de cuidar, resistir e estar no mundo.

Além disso, a mostra levanta reflexões sobre os idosos e as políticas voltadas a esta faixa etária; a ética do cuidado abordada de maneira transversal na escola; e o lúdico presente na aventura e na fantasia. Também acolhe famílias que estão tentando encontrar equilíbrio entre ruídos, excessos e distrações do mundo contemporâneo. A ideia é estimular mais presença, natureza, saúde e amor desde a gestação e a cada etapa da vida.

“A cada respiração, a magia da vida nos conecta a todos os seres. Nesse momento, nosso coração não pertence apenas a nós, mas a toda humanidade”, diz Renata Tupinambá sobre o documentário “Kunhã Karai e as narrativas da Terra” (2023), de Paola Mallmann Oliveira.

Para Fernanda Heinz Figueiredo, uma das curadoras da mostra e documentarista da infância, “toda criança nasce conectada com a teia da vida”. E, por meio do brincar, “elas nos mostram o caminho do cuidado para que percebamos que fazemos parte dessa teia”.

Conheça 6 destaques da mostra:

Ciranda de Filmes 2023

    • Quando? 6 a 8 de outubro (sexta a domingo)
    • Onde? Espaço Itaú de Cinema Augusta (Rua Augusta, 1475, São Paulo/SP)
    • Entrada gratuita. Retirada de ingressos na bilheteria 1 hora antes da sessão
    • Mais informações no site da Ciranda de Filmes

    Atividades extras para uma prática do cuidado:

    A Ciranda de Filmes traz rodas de conversa, aulas e oficinas que continuam a falar do cuidado como uma forma de ser e de se expressar, capaz de contribuir para o bem viver. Toda programação também acontece no Espaço Itaú de Cinema Augusta. Tem até um laboratório para quem se interessa em construir narrativas audiovisuais para crianças e jovens, no domingo, dia 8/10, às 10h30.

    Aula aberta

    “O outro lado do outro – o cuidado com crianças, comunidades indígenas, periféricas e quilombolas na produção audiovisual”, por Rita Oenning da Silva e Kurt Shaw

    Um espaço de socialização e reflexão sobre experiências da produção audiovisual e de fazer cinema com crianças e jovens.

    Exposição

    “Remédios urbanos”, por Rage

    Em suas andanças pelas ruas de São Paulo, o multiartista Rage traz o caos da cidade por meio de intervenções artísticas. Entre elas, caixas gigantes de remédios que prometem a cura para a hipocrisia, ativam o bom-senso e despertam o desapego; e teias de aranha feitas de barbante que cobrem equipamentos públicos, mostrando o descaso da cidade com praças e parques infantis.

    Espaço de escuta de histórias de cuidado

    Em parceria com a Escola Aberta do Cuidado, esse espaço promove trocas de memórias e narrativas de cuidado. Os depoimentos coletados poderão ser exibidos nos canais de comunicação da mostra e da Escola Aberta do Cuidado.

    Oficinas

    “Caminhos do cuidado”, por Rodrigo Carancho

    Um convite a percorrer o universo do cuidado no Brasil pela perspectiva de mestres e mestras do saber. O ponto de partida é uma pesquisa-expedição onde o educador Rodrigo Carancho se pôs a ouvir histórias, lembranças, sonhos, ritos e esperanças de parteiras, benzedeiras, poetas, raizeiras, artesãos e pajés. Todo o processo será amplamente ilustrado com vídeos, fotos, textos e materiais de referências que poderão ser consultados pelos participantes.

    “Como educar as crianças no mundo das telas?”, por Igor Amin

    Essa pergunta guia a oficina, que traz questões como tempo de exposição à tela, o cuidado, responsabilidade, mediação, ética e criatividade no uso dos aparelhos eletrônicos.

    “Poesia à solta na natureza”, por André Gravatá

    A oficina busca alargar a percepção sobre o que é poesia a partir do encontro com a terra, a água e o fogo. Por meio de proposições e conversas, a intenção é investigar a poesia como uma forma de relação com o mundo.

    “Vivências no saguão – caminhando em seus sapatos”, por Museu da Empatia

    Dentro de uma caixa de sapatos gigante, o público encontra uma coleção de diferentes sapatos. Ao escolher um par, o visitante pode calçá-lo e caminhar pelo espaço enquanto ouve a história da pessoa à qual eles pertenciam. A intervenção nos leva a refletir sobre nosso pertencimento comum à humanidade.

    * As informações são de responsabilidade do organizador e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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