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Ciência das plantas: 5 experimentos para fazer com as crianças

Uma menina cm uma lupa e vários tubos de ensaio à sua frente: em cada tubo, ela insere um plantinha

A natureza é simplesmente fascinante. Quando estamos atentos ao movimento do sol ao longo do dia ou à passagem das estações no ano, também começamos a perceber que essas mudanças se relacionam diretamente ao comportamento dos vegetais. Isso faz parte da ciência das plantas!

Quando as crianças têm oportunidade de observar a germinação de uma semente, a transpiração das folhas ou até mesmo a sua reprodução, é muito mais fácil reconhecê-las como seres vivos e que merecem cuidado, assim como nós. Por isso, preparamos uma lista com cinco experimentos para desvendar com as crianças a vida secreta das plantas! 

Brincadeiras para explorar a ciência das plantas

Para responder a esta pergunta, nós vamos precisar de uma tigela com água morna, uma pedrinha (ou uma moeda) e uma folha grande, que pode ser retirada de alguma árvore. É bem importante que seja recém colhida e não coletada do chão, pois ela precisa estar ativa para o experimento. 

Basta colocar a folha dentro do pote com água morna, a pedrinha em cima da folha (para que ela se mantenha submersa) e pôr a tigela no sol. Após duas ou três horas, você vai perceber bolhas se formando na superfície da folha, através dos estômatos, que são células arredondadas encontradas na epiderme vegetal, relacionadas à entrada e saída de gases e vapor d’água. Caso tenha dificuldade para enxergá-las, utilize uma lupa.

O que está acontecendo ali?


Embora uma planta não respire como os seres humanos, ela inspira e libera ar: é esse oxigênio que você vê como bolhas na água. Além disso, mesmo submersa, a folha está usando a luz para continuar a fotossíntese, processo utilizado pelas plantas para produzir sua própria comida a partir de luz solar, água e gás carbônico. É com a energia do sol que plantas, algas e alguns organismos unicelulares produzem açúcares que vão formar seus corpos e garantir energia para suas atividades. Uma curiosidade é que as plantas respiram o tempo todo, de dia e de noite, mas a fotossíntese só ocorre com a presença de luz. 

Você sabia que as flores podem beber água colorida e mudar de cor? Para observar essa transformação, você vai precisar de flores brancas, vários copos (pode utilizar vasos ou tubos de ensaio), diferentes tipos de corante e uma tesoura. 

Modo de fazer

A experiência também pode ser realizada com outros vegetais, como folhas de repolho ou talos de salsão. Basta destacá-los ou cortar os talos, colocando cada um em um copo com corante.

Para crianças curiosas


A mudança na coloração tem uma explicação. As plantas bebem água pelas raízes. Mesmo sem raízes, nas flores de corte, a água passa pelo caule e segue para as demais partes da planta. Esse processo que desafia a gravidade se chama ação capilar: propriedade física que os fluidos têm de subir ou descer em tubos extremamente finos. Nas plantas, essa circulação age em conjunto com a coesão das moléculas e com a transpiração da flor – conforme a água evapora nas pétalas é criada uma pressão interna resultando na sucção, que puxa água para cima como um canudinho! 

Uma mesma árvore pode apresentar folhas mais verdes que outras. Em alguns períodos, ela pode adquirir tom amarelado, alaranjado ou até mesmo marrom. Você sabe por que isso acontece? Em vez de tentar explicar às crianças essa reação, vamos observar mais de perto. 

Materiais

Modo de fazer

Observe que o líquido começa a subir pelo filtro de café e as cores vão se separando conforme o álcool evapora. Em aproximadamente uma hora, você deve ver o efeito total: as folhas começam a adquirir um tom amarelado, dependendo daquelas que você escolher.

Foto: Alex Dainis/YouTube

As cores são separadas e aparecem no filtro, em um efeito que impressiona

Por trás da experiência


As plantas contêm clorofila, um pigmento predominante que as torna verdes. O experimento ajuda a descobrir como seriam as folhas sem a cor dominante, por meio de um processo chamado de cromatografia (técnica de separação e identificação de componentes de uma mistura). No outono, quando é possível observar com mais clareza essa mudança de tonalidade, a clorofila se quebra, permitindo que as demais cores apareçam e se transformem em poesia. 

Essa brincadeira é clássica, especialmente para quem germinava feijão em algodão na infância. O mais brilhante desse experimento é perceber que todo o potencial de vida está guardado ali, naquele grão. Basta lembrar que uma grande floresta nasce de uma pequena semente. Então, vamos mostrar para as crianças, de forma divertida, como elas se transformam bem diante dos nossos olhos!

iStock

Da germinação do feijão no algodão ao plantio na terra: uma experiência que mostra o início da vida de uma planta

Você vai precisar de algumas sementes de feijão. Além disso, algodão, papel toalha ou terra (oferece menos visibilidade ao processo), e um pote de vidro. Antes de tudo, deixa as sementes de feijão mergulhadas na água durante a noite para “acordá-las”. Escorra pela manhã. 

Modo de fazer

Após 24 horas, as sementes começarão a se abrir. Depois de alguns dias, elas estarão germinadas e soltarão suas folhas. Quando isso acontecer, você pode plantar as sementes em um vaso ou diretamente na terra até que cresçam e produzam novas vagens

Alternativas 

A experiência pode ser substituída por outros grãos (lentilha, ervilha, grão de bico), já que quase qualquer semente pode ser germinada. A diferença é que cada uma possui exigências e tempos diferentes para a germinação. As que citamos são maiores, de fácil manuseio para as crianças e demoram menos para germinar, o que contribui para matar a curiosidade dos pequenos. 

Quem vive perto de pinheiros, araucárias ou outras gimnospermas (grupo de plantas vasculares, cujas sementes não são envolvidas por frutos), pode ter percebido que, por algum motivo, as pinhas (cones) se abrem e se fecham. Vamos fazer um teste com as crianças para explorar esse movimento.

Materiais

Modo de fazer

Respostas à temperatura e umidade


As escamas da pinha respondem às mudanças de umidade e temperatura: quando estão molhadas, as pinhas se fecham, sendo que isso acontece mais rapidamente na água fria. Quando está quente e seco, elas se abrem para liberar as sementes, um processo que ocorre na natureza para a proliferação das espécies vegetais. 

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