Guta é uma menina de 13 anos que sonha em ser cineasta. Por meio de conversas com especialistas sobre como combater bullying e racismo, Guta dá dicas a meninas negras como ela para que tenham uma experiência mais segura e positiva no Instagram.
Ao apresentar formas de discriminação que jovens negras estão sujeitas e o impacto desta violência em suas vidas, a animação ‘Racismo e bullying: como proteger jovens negras?’ pretende educar e fomentar a discussão sobre o tema.
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“Sabemos que as agressões se estendem para a vida escolar e em suas trajetórias, evidenciando a estrutura racista presente na vida de pessoas negras desde muito cedo. Por isso, tomamos iniciativas educativas para abordar o tema e informar jovens e meninas negras das opções que existem para que elas se protejam no ambiente on-line”, comenta Natália Carneiro, analista de comunicação do Geledés.
Para Natália Paiva, head de políticas públicas do Instagram para a América Latina, o Instagram deve ser um lugar seguro e inclusivo onde as jovens e os jovens possam se expressar, encontrar apoio e ter uma experiência positiva. “Não há espaço para bullying e racismo no Instagram, por isso desenvolvemos ferramentas abrangentes e lançamos mão da melhor tecnologia disponível para manter as pessoas seguras. O trabalho constante com especialistas nos ajuda a desenvolver medidas para o combate à discriminação e a promover um ambiente mais acolhedor”, ressalta.
Com ilustração de Bruna Bandeira, direção de Day Rodrigues e produzida pela agência Mutato, a série animada com três vídeos está disponível no canal do Geledés no IGTV desde 23 de abril. Veja o teaser em que a personagem Guta apresenta um pouquinho mais sobre a série animada.
O Geledés – Instituto da Mulher Negra tem o apoio da SaferNet e do Instagram para a realização desta animação.
De acordo com o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), o principal motivo de discriminação sofrida ou testemunhada por adolescentes na internet é relacionado à cor ou raça. No levantamento TIC Kids Online Brasil, em 2019, com crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos, 33% das meninas entrevistadas se referiram à cor ou raça como motivo de sofrer ou testemunhar discriminação e 26% apontaram a aparência física. Na mesma questão, as proporções entre os meninos foram de 20% e 15%, respectivamente. Ou seja, meninas negras despontam como alvo preferencial da discriminação na internet.