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‘Troquinha’: o grupo de pais que quer comprar cada vez menos

O grupo já conta com mais de 15 mil inscritos.

Quando souberam que teriam o primeiro filho, o casal André Bem e Marilian Bem viveu o que André chama de “conto de fadas” de compras. Na empolgação para receber o bebê com o máximo de conforto possível, os dois montaram uma verdadeira coleção de roupas e artigos infantis. O problema é que tudo isso acabou sendo uma alegria passageira, como acontece com muitas famílias quando se dão conta de que os bebês crescem a uma velocidade impressionante.

O grupo já conta com mais de 15 mil inscritos. Até o momento, já foram postados mais de 1.500 produtos para troca e venda: 40% vestuário, 30% calçados, 15% brinquedos, 15% carrinhos, bebê conforto, artigos de higiene, itens escolares, enxoval e outros.

Foi então que, há seis meses, André teve um insight para evitar o acúmulo e o desperdício, e criou o Troquinha, grupo virtual de compartilhamento de roupas, brinquedos, fraldas, mobiliário e outros artigos para bebês e crianças. Com o objetivo de fomentar a troca, compra e venda de produtos, o grupo conta hoje com mais de 15 mil membros com interação diária.

Hoje, o grupo possui também um site oficial que segue o propósito de estimular o consumo consciente a partir da troca de itens que as crianças não utilizam mais.

Em entrevista ao Lunetas, André sintetiza a razão de existir do Troquinha em quatro diretrizes:

“O Troquinha incentiva impulsionar a cultura da reutilização e o consumo consciente de produtos infantis, visto que produtos novos ou semi-usados podem atender outras crianças sem a compra exagerada e compulsória, sem o desperdício e sem altos custos”, explica o idealizador do projeto

O casal André e Marilian com o pequeno Arthur, que motivou o surgimento do grupo.

Assim como o Troquinha, existem outros grupos com objetivo semelhante, e André explica que o diferencial do grupo é a moderação ativa, e a garantia de aprovação de posts que estejas atrelados a produtos/serviços/informações/dicas exclusivamente infantis, não sendo permitido qualquer outro post fora do objetivo do projeto.

E o retorno tem sido positivo. “A possibilidade de adquirir produtos de qualidade por meio das trocas ou com baixo custo, contribui para a atual situação econômica dos brasileiros, visto que, ultimamente, não está sobrando dinheiro nos bolsos de ninguém, mas, em contrapartida, está sobrando o desejo de continuar realizando as necessidades de nossas crianças”, explica.

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