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‘O mundo de Tayó’: orgulho e negritude em tirinhas infantis

Ilustração de uma menina negra com uma coroa de ouro em cima do seus cabelos, com um pássaro dourado

Tayó é uma menina negra de seis anos que tem orgulho do cabelo crespo com penteado black power, enfeitando-o das mais diversas formas. Esse é o mote do livro “O mundo no black power de Tayó“, da escritora e pesquisadora Kiusam de Oliveira, que também é autora dos livros “Omo-oba: histórias de princesas” e “O mar que banha a ilha de Goré”.

Para reafirmar a potência das histórias na construção de referenciais positivos para as crianças se formarem se colocarem no mundo, a autora agora transforma Tayó em protagonista de uma série de tirinhas sobre cultura negra.

Nas histórias, a menina interage em situações que colocam em jogo a sua capacidade de autoperceber como uma mulher negra em formação em uma sociedade estruturalmente racista. Nos diálogos, a autora chama a atenção para o papel do adulto no sentido de proporcionar o empoderamento infantil para a construção de uma identidade plena e autoconfiante.

Reprodução/Texto: Kiusam de Oliveira/Ilustrações: Amora Amoreira

Kiusam de Oliveira é autora de “O Mar que banha a Ilha de Goré” (Ed. Peirópolis, 2015), “Omo Oba Histórias de Princesas” (Ed.Mazza, 2009), “O mundo black power de Tayó” (Ed. Peirópolis, 2013)

Reprodução/Texto: Kiusam de Oliveira/Ilustrações: Amora Amoreira

O material conta com enfoque inclusivo. “Pensar e atuar na inclusão não somente de negras e negros na sociedade, mas também vivenciar, formas dignas de convívio onde as diferenças sejam celebradas, são para mim caminhos trilhados na vida”, afirma a autora

Tirinhas como recurso didático

Tayó é potência e como ela, desejo ver outras crianças negras brasileiras da mesma forma. A opção pelo gênero textual tirinha, é pela sua eficácia em termos de comunicação direta e ágil para adultos e crianças. Como sou professora, questões focadas no letramento e alfabetização me preocupam”, explica Kiusam.

“As tirinhas vêm também para servir como mais um recurso didático à disposição dos educadores pois além de formar são capazes de informar e divertir”

Em um dos quadrinhos, por exemplo, Tayó chega da escola contando para a mãe o que acabou de aprender, que os negros são descendentes de escravos. A mãe aponta para a parede, onde constam vários quadros de personalidades históricas negras, e pergunta para a menina “O que você vê?”. Assim, a própria garota se dá conta da força da resistência negra feminina, e brinca “A professora se enganou, né, mãe?”.

De hoje até o dia 15 de fevereiro (terça a quinta-feira), as tirinhas serão lançadas em uma programação cultural especialmente pensada para as crianças, nas Fábricas de Cultura de São Paulo. Ao todo, serão cinco tirinhas. A direção e direção são assinadas por Kiusam de Oliveira, e as ilustrações de Amora Moreira.

Confira a programação:

Entrada gratuita e classificação livre

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