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5 tipos de pinturas para fazer em casa com as crianças

Imagem de capa sobre tipos de pinturas para fazer em casa mostra uma menina branca com traços orientais sentada, pintando com canetas coloridas em um papael branco.

Férias escolares, crianças em casa e tempo de sobra para experimentar novas atividades. Quem sabe até descobrir um pequeno ou uma pequena artista! Dá para resgatar tintas e pincéis usados nas aulas que ficam guardados na mochila no mês de julho ou explorar prateleiras, armários e até o jardim em busca do que pode se transformar em arte. Vale folhas secas, terra, giz de cera, cotonetes…

Para apoiar essa jornada, o Museu Oscar Niemeyer (MON), do Rio de Janeiro, disponibilizou o guia “Laboratório de experiências“. Em diálogo com obras do acervo e inspirado em oficinas artísticas de criação e experimentação, o material ensina como reproduzir em casa cinco técnicas diferentes: giz pastel, nanquim, aquarela, carvão e tinta natural. 

Assim, unindo a curiosidade e liberdade criativa de quem está de férias em casa, a proposta é ensinar tipos de pintura de maneira acessível.

Preparados para o passo a passo?

1. Tinta natural

Materiais:

Pinturas do povo Warli, da Índia, com desenhos detalhados em tinta feita de pó de arroz, sobre um fundo escuro ou vermelho de pigmentos naturais.

Vamos começar!

Primeiramente, investigue a terra e os outros materiais em pó colocando um pouco de cada sobre a mesa. Depois, passe a mão devagarinho para conhecer a textura de cada um.

Para criar as tintas, misture nos copos vazios uma colher de terra ou tempero, mais uma colher de água e outra de cola branca. Embora a cola não seja um recurso natural, ela será a base para a boa fixação e durabilidade da tinta. As quantidades de cola e de água podem variar de acordo com o tipo de terra, de pigmentos e da textura de sua preferência. Por exemplo, para uma tinta espessa, acrescente mais cola e terra. Por outro lado, para uma tinta semelhante à aquarela, coloque mais água.

Depois de atingir o ponto de sua tinta, crie o que você quiser! Pinte linhas, formas geométricas e use também galhos e folhas, por exemplo, para caprichar nos detalhes. Além dos papéis, é possível experimentar pintar pedras, folhas e tecidos, já que as tintas são naturais.

2. Carvão vegetal

Materiais:

A obra “Le Havre”, de 1947, do curitibano Poty Lazzarotto, usa a técnica do carvão sobre papel. O artista possui diversas obras espalhadas por parques e praças de Curitiba.

Vamos começar!

A ideia é experimentar livremente os efeitos dos dois tipos de carvão sobre o papel. Primeiro, fixe a folha de papel na mesa para facilitar. Depois, que tal segurar com uma mão o carvão mais grosso e na outra o mais fino para tentar desenhar com as duas mãos ao mesmo tempo? Para ficar ainda mais interessante, faça essa etapa de olhos vendados, assim será possível sentir bem as diferenças de uma mão para a outra. Uma dica: coloque o carvão em outras posições ao desenhar (deitado, na diagonal ou em pé). Depois de retirar a venda, observe como ficaram os traços de cada um.

Experimente também a técnica de esfumar com o dedo ou com um cotonete, papel-toalha ou pincel. Outras possibilidades são usar a tesoura para raspar um pouco do carvão e utilizar somente o pó para pintar ou fabricar tinta de carvão misturando o pó com cola branca e criar vários tons de cinza e de preto.

3. Giz pastel

Materiais:

Pintura sem título, feita com giz pastel oleoso sobre tela, pela artista paranaense Dulce Osinski, em 1981.

Vamos começar!

Fixe a folha de papel na mesa, segure com uma mão o giz de cera e, com a outra mão, o giz pastel oleoso. Além disso, você pode vendar os olhos para se surpreender com o resultado e depois observar a diferença entre os dois materiais.

Com o giz pastel, experimente pressionar com mais força e menos força para ver como fica, além de testar outras posições de segurá-lo. Misture também as cores pintando uma sobre a outra no papel. Utilize o cotonete ou papel-toalha para espalhar melhor e explorar ao máximo os diferentes traços, assim como a obra de Dulce Osinski.

Se tiver óleo de linhaça, você pode passá-lo por cima dos desenhos de giz pastel e ativar, desse modo, outras características da pintura. Você vai perceber que as cores ficarão mais fortes e com aspecto de tinta.

4. Nanquim

Materiais

Na obra “Cabaça e três insetos”, do artista chinês Qi Baishi, podemos ver pequenos insetos com traços bem delicados em tinta nanquim.

Vamos começar!

No copo com água, coloque somente uma gota da tinta nanquim da sua cor favorita e observe o que acontece. Depois, para diluir outras cores, misture água e nanquim no copo vazio. Dessa forma, você terá tons mais fortes ou mais fracos para incluir na sua pintura, depende da quantidade de água.

Para começar a pintar, você pode usar a tinta diluída ou o nanquim puro no papel. Explore criativamente os diferentes pincéis para fazer várias formas, traços, espessuras e contornos, de acordo com cada ferramenta. Dá também para pintar com o papel já molhado com água e ver como o nanquim vai se espalhando.

5. Aquarela

Materiais:

Vamos começar!

Organize os materiais na mesa e separe um dos copos de água para ser o recipiente de limpeza dos pincéis. O outro copo servirá para molhar e diluir a tinta. Assim, quanto mais água você colocar no pincel e na tinta, mais clara e transparente a cor ficará no papel. Lembre-se de limpar o pincel no outro pote de água e secar com papel-toalha ou um pano.

É possível também colocar a tinta sobre um papel já molhado para ver o que acontece. Outro desafio é pintar com os pincéis malucos e com os dedos em outras superfícies: o vidro de algum porta-retrato antigo, um prato ou um copo, por exemplo.

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