Com o tema “Vem pra roda, no ritmo do brincar”, a 15ª Semana Mundial do Brincar pretende resgatar brincadeiras tradicionais, para apresentá-las às crianças e relembrá-las com os adultos. Nesta edição, “queremos falar da simbologia da cultura da roda, que aparece em diversas manifestações lúdicas, como nas cantigas e nas cirandas”, conta Letícia Zero, coordenadora da Aliança pela Infância, movimento mundial voltado para os direitos e o bem-estar de crianças e adolescentes. Em São Paulo, é a Aliança pela Infância, com o apoio do Instituto Alana, que organiza as atividades, de 25 a 29 de maio.
De acordo com ela, brincar de roda é uma maneira democrática de incluir todos na mesma condição. “Na roda cabe todo mundo e estão todos de mãos dadas. Então, é um lugar de inclusão e diversidade, onde ninguém está à frente de ninguém.”
Além das brincadeiras de roda, vai ter jogos com música e dança para homenagear as infâncias ancestrais. As atividades vão desde o carimbó, dança regional do Pará, até brincadeiras como cabra-cega e amarelinha Teca-Teca, de Moçambique. Ou seja, as atividades percorrem da Amazônia à África.
A proposta é ocupar lugares para as crianças serem só crianças. Portanto, tem programação em praças, parques, bibliotecas e até universidades.
“O brincar é a oportunidade de a criança ser o que é.” – Renata Meirelles, pesquisadora do brincar
Adultos também podem entrar na brincadeira
Entre mais de 60 cidades participantes, o Espaço Alana, no Jardim Pantanal, extremo leste de São Paulo, receberá famílias e professores para uma programação gratuita durante quatro dias.
No primeiro dia, a atividade será especificamente para educadores. Assim, eles participarão de uma formação sobre a importância da musicalização nas aulas. “Os professores passam muito tempo com as crianças. Por isso, chamá-los amplia a rede de mobilização para o cuidado integrado de uma infância plena”, afirma Zero.
A presença de adultos, com ou sem crianças, também reforça essa responsabilidade compartilhada que todas as pessoas têm sobre a infância. Ao mesmo tempo, a proposta é fazer o “resgate da memória lúdica” de cada um ao lembrar como era bom e importante brincar quando eram crianças.
Já para as crianças, trazer de volta para o centro brincadeiras tradicionais “é um passo importante para que tenham um brincar corporal, que ajuda no desenvolvimento físico e motor”, afirma Zero. Além disso, é brincando que elas produzem cultura. “É assim que elas se sentem parte de um grupo, socializam e estão em segurança.”
Confira como como será a programação:
Dia 25, sábado, 14h às 16h
Painel formativo para professores “Brincadeiras cantadas: infâncias, ritmo e ancestralidade”
* Inscrições encerradas.
Dia 27, segunda-feira, 14h às 17h
Mediação de leitura do livro “Ciranda”, de Arlene Holanda
Show musical “Borboletrando”, da Trupe BorboLetras
Jogo musical “ABC dos copos”
Dia 28, terça-feira, 14h às 17h
Manhã de brincadeiras tradicionais e culturais com Sarah de Jesus
Ciranda e carimbó intergeracional com Nina Dias e o grupo “Mulheres maravilha”
Circuito de brincadeiras de roda e cantigas populares
Dia 29, quarta-feira, 14h às 15h30
Show da Banda Alana, com músicas e brincadeiras
Serviço:
15ª Semana Mundial do Brincar
Local: Espaço Alana, sede do Instituto no Jardim Pantanal, no extremo leste de São Paulo. Dias 25, 27, 28 e 29, a partir das 14h. Entrada livre.
