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Clássico “Pinóquio” ganha releitura de Alexandre Rampazo

Ilustração de Pinóquio com um homem cujos dois estão com boneco de madeira em mãos

O famoso personagem do italiano Carlo Collodi está de volta, em uma releitura que oferece nova oportunidade de apresentar a história para as crianças. E, desta vez, mais de um século depois de nascer na literatura infantil, o boneco de madeira ganha uma belíssima existência ilustrada no livro de Alexandre Rampazo. A obra “Pinóquio: o livro das pequenas verdades”, recém-lançada pela Editora Boitatá, explora diálogos e possibilidades com o espelho. O que ele vê? E se ele pudesse ser um outro alguém? Quem ele seria?

No presente, “é” boneco de madeira. Mas já “foi”, num pretérito perfeito, apenas uma ideia na cabeça de seu criador Gepeto. Talvez se sinta pressionado a ser um menino de verdade pelo imperativo alheio, aquilo que outros querem que ele “seja”. Mas o que “será”, cabe a ele imaginar.

Ainda bem que o “ser” assume tantas possibilidades de conjugação. Isso a literatura já sabe de cor, mas para o Pinóquio de Alexandre Rampazo, dois desafios são lançados: a descoberta da identidade e a aceitação de si.

Sobre o autor Alexandre Rampazo nasceu e vive em São Paulo. Formou-se em design e foi diretor de arte. Pinóquio: o livro das pequenas verdades é seu décimo primeiro livro ilustrado autoral. Também ilustrou por volta de sessenta títulos para outros autores. Recebeu importantes prêmios literários como o Prêmio Jabuti, Prêmio FNLIJ, entre outros. Foi selecionado para a 26th Biennial of Illustrations Bratislava e tem obras selecionadas para o catálogo IBBY/FNLIJ’s Selection Bologna Children’s Book Fair. (Fonte: Editora Boitempo)

“Olha o nariz crescendo.” Quem nunca ouviu essa frase dos pais ou de amigos depois daquela mentirinha? E nem por isso essa se tornou a característica mais marcante de uma personalidade. Para o boneco, que virou até nome de síndrome, o livro “das pequenas verdades” é mais uma oportunidade de dizer ao mundo que a mentira não define a narrativa de 2019, nem a obra original. Além da qualidade literária, imagética e estética, a obra também faz um convite ao leitor, uma chance de refletir sobre a existência e sonhar outros caminhos.

O Lunetas já teve a oportunidade de bater um papo com Alexandre Rampazo sobre a obra “A cor da Coraline” (editora Rocco). Ao colocar uma criança negra para questionar qual lápis é de fato “cor de pele”, o autor propõe uma reflexão sobre identidade, representatividade e empatia. “A cor da pele é só uma?”, reflete a pequena. Confira a nossa entrevista completa!

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