Em resposta às muitas dúvidas que o pediatra Daniel Becker recebe em seu canal sobre bebês rejeitarem o peito, o nosso parceiro Criar e Crescer publicou um vídeo focado no tema perda precoce da amamentação, que é fundamental de ser discutido e problematizado.
Daniel Becker reforça que muitas vezes a mãe possui as condições ideais para amamentar. Como produção de leite em abundância, rede de apoio, apoio emocional, companheiro contribuindo ativamente no processo, entre outros fatores. Ainda assim o bebê rejeita o peito e não desenvolve uma boa pega. Uma situação como essa pode gerar muita frustração.
Por outro lado, há o cenário em que a mãe de fato não possui condições externas que favoreçam o processo. Pelo contrário, seu contexto de saúde e de condição social representa um obstáculo à amamentação, como dores do peito, fissuras e falta de suporte da família.
“Quando existem problemas, a mulher precisa de ajuda, tanto da família quanto de profissionais especializados, como pediatras, consultoras de amamentação e os próprios bancos de leite, que fazem um trabalho muito bacana”, recomenda o pediatra.
Por que o bebê rejeita o peito?
O profissional orienta que algumas práticas naturalizadas como comuns, como o uso da chupeta em recém-nascidos, muitas vezes causa a chamada “confusão de bicos”. Isso ocorre quando o bebê fica desorientado pela alternância entre o peito e bicos artificiais, ocasionando uma pega incorreta ou insuficiente, resultando que o bebê rejeita o peito.
“No caso de bebês que rejeitam o seio, é muito importante verificar se essa criança está usando chupeta. Em algumas crianças, a chupeta pode sim interferir negativamente na amamentação, o que faz com que ela não pegue bem o peito”, afirma Daniel Becker.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) e a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) recomendam o uso limitado de bicos artificiais. Porém, vale ressaltar que muitas mulheres recorrem às chupetas como forma de minimizar a falta de tempo ou de condições adequadas para amamentar. O que pode decorrer de um contexto social, familiar ou mesmo físico. Assim, considerando as orientações dos órgãos oficiais, cada família deve decidir o que funciona melhor para as suas possibilidades.
Assista ao vídeo na íntegra e tire suas dúvidas:
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