No começo de novembro – com bastante antecedência, para dar tempo de chegar até o Polo Norte, claro -, o Lunetas perguntou no Facebook: “A cartinha do seu filho para o Papai Noel já está pronta? Manda pra gente”. O apelo inspirou algumas mães, pais e cuidadores a compartilharem com a gente como suas crianças manifestam seus desejos para o Noel.
Inspirados pela pequena Yasmin, que encantou a internet este ano com seu pedido descontraído e empático – “esse ano tá iza, mas tiver como descolar um pijama de unicónio”, resolvemos reunir as cartas das crianças dos nossos leitores.
As mensagens que chegaram para nós reforçam a sensibilidade e a inteligência das crianças, que tantas vezes nos provocam a olhar detalhes que passam despercebidos. Elidi Godoy, por exemplo, contou que sua filha, de cinco anos, reivindicou que sua correspondência para o velho Noel fosse privada. O motivo? Ela queria se certificar que quem sabre a cartinha é mesmo Noel, e não a mãe.
Outras ainda trazem à tona a familiaridade das crianças com a tecnologia – algumas sugeriram trocar a carta em papel por um vídeo.
A sinceridade também deu o tom de várias cartas. É o caso da Heloísa, de cinco anos, que não hesita em revelar para o Papai Noel como foi este ano de verdade: “me comportei quase bem”.
“Se não der pode ficar suave porque eu entendo que tá difícil pra todo mundo”, escreveu Yasmin.
Tem também criança que faz um lembre do único ingrediente que não pode faltar nunca: criatividade. A filha de Juliana Teruel deixou solta a imaginação do bom velhinho e pediu um presente surpresa.
Brincadeiras à parte, o presente mais importante é o afeto e a presença: crianças que crescem rodeadas de cuidado e amor tornam-se indivíduos mais seguros de suas potências. Quanto mais supridas forem as necessidades emocionais da criança, mais ela terá condições de empatizar com as do outro.
Seja qual for a tradição de cada família, o Lunetas aproveita para deixar aqui o desejo de que este encerrar de ciclo ofereça o descanso de que todos precisamos, e nos renove as energias para um novo ano com um olhar ainda mais atento às necessidades das infâncias do nosso país.
Confira algumas das cartas que recebemos: