Respeito, conexão e vontade de aprender: três tópicos simples, mas que são capazes de revolucionar os mais variados tipos de relacionamento. O mundo dos adultos faz parecer que “ser diferente” é um problema, mas crianças, como Joca e Dado, sabem melhor do que ninguém que trocar experiências pautadas pela diversidade enchem os olhos – e o coração – de carinho, afeto e visões positivas de mundo.
Publicado pelo Clube Leiturinha, “Joca e Dado: uma amizade diferente” mostra a importância da diversidade no cotidiano dos pequenos e a potência das trocas que a representatividade é capaz de oferecer a partir da história de dois amigos que se conheceram na escola. O autor, Henri Zylberstajn, é pai de três crianças, sendo a mais nova portadora de síndrome de Down.
Na história, Joca, um menino neurotípico, é tímido e não tem muitos amigos. Artista, suas atividades favoritas são pintura e leitura no sossego do seu cantinho. Já Dado, que tem síndrome de Down, é cheio de energia: cantarolar e interagir com todas as pessoas é o que faz seu cotidiano ser do jeitinho que é. Ao se tornarem amigos, os meninos têm muitas trocas e aprendem juntos. Joca fica feliz em ajudar Dado a falar o nome das frutas e das cores, por exemplo. Até que surge a curiosidade de Joca sobre o porquê do amigo ter características diferentes das suas.
A partir do momento que descobre sobre a síndrome de Down do amigo, um novo mundo se abre: lá, ser diferente não é um motivo de preocupação. A amizade entre os meninos mostra a importância do convívio com a diversidade desde a infância, ao possibilitar um rico processo de aprendizagem para qualquer pessoa, independente de suas características ou condições.
“Joca e Dado: uma amizade diferente”, Henri Zylberstajn (Leiturinha) O texto e suas coloridas ilustrações estimulam a criatividade e a conexão entre o contador da história e as crianças, além de páginas interativas no final do livro onde os pequenos podem desenhar e brincar. As ilustrações de Joca e Dado são produzidas por artistas do estúdio de design La Casa de Carlota, que conta com profissionais com síndrome de Down e autismo. “Joca e Dado” também ganhou uma versão em audiolivro.
Em nota, o autor comenta que o conteúdo é capaz de desmistificar questões voltadas à inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, para que as individualidades humanas sejam capazes de construir um mundo mais plural, diverso e inclusivo. Fundador da ONG Serendipidade, que nasceu do propósito de transformar o olhar da sociedade para a inclusão, o desenvolvimento da obra parte dos ensinamentos adquiridos na imersão neste ecossistema e da vivência como empreendedor social. Todo o lucro de “Joca e Dado” será revertido para a Serendipidade.
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