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Risco de evasão escolar é maior para estudantes com deficiência

Na foto, uma estudante de pele clara usa uma máscara azul e está sentada em uma cadeira, dentro de uma sala de aula. Ela conversa com a professora utilizando linguagem de sinais.

Estima-se que 1 a cada 10 estudantes com deficiência não teve nenhuma aula com recursos de acessibilidade ao longo do período de pandemia, além de 59% ter raro contato ou nunca ter recebido atendimento especializado especial (AEE), serviço de educação especial regulamentado por lei. Estes e outros dados voltados a estudantes com deficiência estão disponíveis na pesquisa “Desigualdades no acesso ao ensino durante a pandemia”, lançada no início de junho, pelo Plano CDE, Fundação Lemann, Itaú Social e Banco Interamericano de Desenvolvimento. A publicação possui quatro tópicos principais de análise (acesso ao ensino remoto, reabertura de escolas, percepções sobre o aprendizado e perspectivas sobre o futuro). 

Além da falta de acessibilidade, há uma tendência maior entre estudantes com deficiência não estarem frequentando a escola. Os fatores principais para a evasão escolar consistem no risco à saúde (64%) e falta de profissionais de apoio necessários (20%). Apesar de existir uma maior oferta de apoio psicológico voltado para estudantes com deficiência e a sensação de otimismo ser maior quando comparados a estudantes sem deficiência, o despreparo para o retorno presencial atinge 59% dos estudantes com deficiência. 

Cenário durante a pandemia

O WhatsApp foi a principal ferramenta para obter orientações e material didático durante o ensino remoto, com 73% dos estudantes com deficiência utilizando a plataforma. Aulas com recursos de acessibilidade, materiais didáticos adaptáveis (ou com recursos de acessibilidade) e contato escolar foram relatados pela maioria dos estudantes como disponíveis durante todo o período remoto ou em alguns momentos. Porém, o AEE teve maior dificuldade de acesso: apenas 23% acessaram o recurso durante todo o período de aulas remotas. 

A reabertura das escolas teve uma evolução na frequência escolar dos estudantes com deficiência: 79% voltaram a frequentá-las. As principais ações de apoio ao retorno estão sendo, em sua maioria, pautadas em disponibilizar professores para responder dúvidas de alunos e responsáveis (72%);  enviar informações sobre o estudante (70%); reuniões com responsáveis e equipe escolar (69%); e avaliações para entender as dificuldades dos alunos (66%).

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