“Mulheres investem nos filhos, nas famílias, e na sociedade. Mulheres ajudam a família estendida delas, para que todos cresçam junto com elas”, disse Ana Lúcia Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, em palestra para o TEDx, sobre a importância de empregar uma mãe e empoderar economicamente as mulheres.
Corroborando o ponto de vista de Ana Lúcia, uma pesquisa recente sobre o perfil das mães brasileiras apontou que garantir recursos materiais para cuidar dos filhos está entre as suas principais preocupações. De fato, motivos para empoderar economicamente as mulheres e garantir a igualdade de gênero no universo do trabalho não faltam.
Quando falamos em geração de riqueza, o investimento na igualdade de gênero – e consequente empoderamento econômico das mulheres – também é uma questão relevante para a economia global: dados de 2015 da consultoria McKinsey&Company apontam que a igualdade de gênero pode acrescentar ao PIB global mais de US$ 28 trilhões até 2025.
Mas, apesar de quatro em cada dez mulheres chefiarem famílias no Brasil e, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), elas responderem por mais de 46% da população economicamente ativa no país, o machismo e vieses inconscientes de gênero ainda são obstáculos reais ao crescimento profissional das mulheres, ao seu empoderamento econômico e, consequentemente, ao objetivo de garantir o sustento de suas famílias.
De acordo com o Woman in Business 2015, mais de 50% das empresas no Brasil não possuem mulheres em cargos de liderança, e há uma grande discrepância entre os salários de homens e mulheres: dados do IBGE apontam que em 2014 as mulheres receberam o equivalente a 80% do salário dos homens.
Mas, o debate sobre o empoderamento econômico da mulher passa, invariavelmente, pela igualdade de gênero no mercado de trabalho, pelo enfrentamento do preconceito e pela implementação de boas práticas para garantir esses objetivos.
Felizmente, o mundo empresarial desperta para a importância de garantir a igualdade de gênero nos ambientes de trabalho. O Movimento Mulher 360, por exemplo, reúne empresas interessadas em transformar essa realidade e alcançar a igualdade.
“Reconhecemos as mulheres como agentes de transformação e empodera-las economicamente é propor à sociedade uma ‘inclusão’ de papéis; um reconhecimento de suas características profissionais e pessoais, como um ser ativo e capaz de exercer inúmeras funções”, afirma Andrea Clemente, diretora sênior de Recursos Humanos da Whirlpool Latin America, uma das integrantes do movimento.
Atualmente, além de ser uma das empresas que mais se destaca nas ações para igualdade de gênero, também, há 14 anos, apoia mulheres em situação de vulnerabilidade social que desejam empreender por meio do Instituto Consulado da Mulher. Até o momento, 34 mil pessoas, direta e indiretamente, mulheres, mães, e suas famílias e comunidades, foram beneficiadas pela iniciativa.
A Avon, outra empresa participante do movimento, que, inclusive, traz em seu DNA o empoderamento da mulher, coloca em prática diversas ações para promover a equidade de gênero dentro e fora da empresa.
O modelo de negócio da marca, por exemplo, que conta com as revendedoras como parceiras estratégicas, têm contribuído em todos os mercados para a emancipação econômica da mulher, dando à elas condições de planejarem e obterem sua autonomia financeira por meio da venda de produtos. São mais de 1,5 milhão de revendedoras no brasil, e cerca de 6 milhões no mundo.
“Temos, na Avon, uma auditoria que garante a equiparação salarial entre homens e mulheres e adotamos a licença maternidade de seis meses e, neste ano, ampliamos a licença paternidade para 20 dias. Isso porque a equidade de gênero também depende da desconstrução da ideia de papéis sociais definidos de acordo com o gênero”, explica Ana Costa, Diretora Executiva Jurídica da Avon Brasil.
*Este conteúdo foi produzido em novembro de 2016, em parceria comercial com o Movimento Mulher 360º
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