Às vésperas do momento político mais importante deste ano no Brasil, as eleições presidenciais, a Fundação Abrinq lança a campanha Criança não vota. Mas tem quem vote por ela. A proposta da iniciativa é provocar nos eleitores uma reflexão sobre eleições e infância, e sobre o voto consciente a partir dos direitos da criança. Assim, o intuito final é estimular a escolha de seu candidato a partir do que ele defende para a infância e a adolescência.
A campanha integra o projeto Presidente Amigo da Criança, que tem como objetivo firmar um compromisso entre a sociedade e o governo federal, cobrando o futuro presidente da elaboração de políticas públicas focadas na criança e no adolescente. Nas redes sociais, a iniciativa estimula os eleitores a utilizarem a hashtag #VOTEPELACRIANÇA.
Em 2015, o orçamento estimado para a Educação Infantil era de R$ 4,5 bilhões, já em 2018, o investimento previsto foi de R$ 267 milhões.
“Na hora de votar, analise as propostas do seu candidato e certifique-se que ele prioriza as crianças e os adolescentes. O voto consciente é importante para todos, principalmente para aqueles que não podem votar”, diz o texto de mobilização da campanha.
Indicadores sociais: um panorama na infância no Brasil
A ação também estimula que o brasileiro conheça os indicadores atuais em relação a estes temas, a fim de conhecer quais são as principais demandas e ter condições de cobrar medidas estratégicas dos presidenciáveis.
Realizado também pela Fundação Abrinq, o VI Relatório Um Brasil para as Crianças e os Adolescentes traz um compilado desses indicadores sociais e econômicos. A pesquisa está disponível para consulta online e download gratuito.
As informações do materiais revelam uma realidade preocupante, sustentada por dados como: 116 crianças, de zero a um ano, morrem por dia no Brasil; mais de 9 milhões de crianças, entre zero e três anos, estão fora das creches; a cada 100 mil nascimentos, 58 gestantes morrem; no Brasil, mais de 22 milhões de domicílios não possui sistema de esgoto.
O relatório aponta ainda uma diminuição crescente em políticas públicas focadas na infância e juventude, sobretudo no que diz respeito à saúde e educação. O orçamento da União foi de 15% em 2011, e caiu para 6% em 2016.
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