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‘Aplauda um professor’: campanha quer valorizar quem ensina

Professores que nos marcam: imagem de uma menina negra vestindo blusa amarela sorri enquanto acompanha uma aula pelo computador. Na tela, uma professora também negra, de blusa branca, segura um caderno

A pandemia esvaziou as salas de aula de todo o Brasil e exigiu que professores criassem novas formas de garantir o aprendizado de seus alunos. Assim, profissionais que lideram a educação de gerações de crianças precisaram revisar suas técnicas pedagógicas e desafiar desigualdades como a falta de tecnologia necessária para promover aulas por vídeo, transmissões ao vivo e programas de rádio e de televisão.

Em reconhecimento a esse trabalho em meio a tantas transformações, está programado um “aplausaço” aos professores e às professoras do nosso país na próxima sexta-feira, 31 de julho, às 20h, em um grande gesto de agradecimento. A iniciativa “Aplauda um Professor” é de um grupo de organizações da sociedade civil que conecta entidades parceiras após consulta a professores da educação básica de todo o Brasil, alunos, pais e responsáveis para entender o cenário desenhado pela pandemia da Covid-19.

Ao longo desta semana, que antecede o ato principal, todos estão convidados a gravar vídeos lendo o manifesto da campanha ou criar um agradecimento a um professor que tenha deixado uma marca positiva em sua trajetória particular. Basta compartilhar nas redes sociais, marcando a hashtag #AplaudaUmProfessor.

Segundo pesquisas da Fundação Lemann e do Conjuve, em parceria com Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, Unesco e Visão Mundial, cerca de 54% dos mais de mil pais ou responsáveis entrevistados acreditam que as crianças e os jovens seguem motivados, apesar da pandemia. No entanto, 70% dos estudantes dizem estar estressados e ansiosos. 

Uma pesquisa da Nova Escola feita com mais de 9 mil professores, publicada no Lunetas, revelou que 33% dos participantes avaliou como razoável o ensino remoto na pandemia; outros 30% julgaram a experiência ruim ou péssima. Em relação à saúde mental/emocional, 28% dos professores avaliaram-na como ruim ou péssima e 30% como razoável, com destaque para o estresse envolvido na necessidade de aprender rápido, risco de contaminação, insegurança em relação ao futuro, falta de reconhecimento das famílias e gestores, excesso de atividades. 

Grande parte do esforço de motivação desses alunos pode ser atribuída ao trabalho dos profissionais da educação: a rotina de 7 em cada 10 professores, das redes pública e privada, mudou muito ou totalmente com a crise sanitária. Apesar disso, pelo menos 60% deles estão aproveitando para se aprimorar e fazer cursos, apurou pesquisa do Instituto Península.

* Participaram da campanha as organizações Associação Nova Escola, Conectando Saberes, Ensina Brasil, Fundação Lemann, Fundação Roberto Marinho, Fundação Victor Civita, Instituto Península, Porvir, Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa e Todos Pela Educação

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