Férias escolares é tempo de se divertir! Por isso, o que as crianças querem mesmo é sair da rotina e aproveitar o tempo longe da escola para brincar sem hora para acabar. Mas, com as telas tomando a atenção de todos, envolver os pequenos em atividades analógicas, como ler nas férias, é cada vez mais um desafio. Em meio a essa dificuldade em entreter meninas e meninos em brincadeiras do tempo em que não existia celular com internet nas mãos de ninguém, fica a pergunta: mas será que dá para brincar com livros?
Nesta lista, vamos mostrar que sempre é possível se divertir com um livro nas mãos. Por isso, selecionamos títulos para quem gosta de desenhar e pintar, dançar, cantar e jogar. Diversão garantida, não só para as crianças. Os adultos podem – e devem – participar das brincadeiras. Confira:
Para dançar, cantar e fazer música com o corpo
O Barbatuques tem treze artistas e educadores. O grupo explora os sons do corpo de forma lúdica e inventiva. Assim, nos mais de 25 anos de experiência artística e pedagógica, o grupo gravou dois álbuns destinados às crianças. “Tum Pá” (2012) e “Só + 1 Pouquinho” (2018). Agora, eles se juntaram à artista visual Ana Starling para lançar os primeiros livros para crianças. Os títulos são independentes, mas formam uma combinação valiosa para aprender sobre percussão corporal.
Do tamanho certo para ser explorado por mãos pequeninas! Assim como as músicas, este livro é um convite às crianças para explorar o corpo e descobrir que é possível fazer música dos pés à cabeça. Isso porque ele traz o ABC da gramática sonora do grupo de forma simples e atraente, para brincar e se divertir com a percussão corporal. Além disso, vem com QR Code que leva a vídeos do Barbatuques para ensinar os sons do corpo.
Do mesmo modo do primeiro livro, esta edição é dedicada aos leitores crianças ou adultos. Com prefácio de Chico dos Bonecos, o livro abre os trabalhos com uma gramática visual dos sons que o corpo pode emitir. Ao mesmo tempo, traz nove músicas acompanhadas de atividades lúdicas, que podem ser realizadas pelas famílias e também nas escolas. Cada canção traz um QR code que leva a vídeos para aprender a fazer, além de jogos e brincadeiras.
Para desenhar, pintar e colorir
Folha de papel e lápis de cor já garantem a diversão para quem gosta de desenhar. Ao mesmo tempo em que são livros para desenhar, estes títulos convidam o leitor a explorar a imaginação. Dá também para resolver desafios e fazer o que quiser em algumas páginas.
Os autores alertam no início que não é preciso esperar as férias para completar este caderno. Então, ele serve para que lazer aconteça quando o leitor quiser. As diversas atividades propostas são para fazer com o corpo, a cabeça, mas, principalmente, com a imaginação. O livro é ilustrado com composições de objetos do cotidiano. Além disso, mostra as infinitas possibilidades de criar bem debaixo do nariz de crianças entediadas em casa. E dos adultos rabugentos, também!
Na capa, Liniers dá conselhos para quem vai usar o livro: “Em cada página você encontrará uma ideia para desenhar. Você poderá segui-la ou desenhar o que tiver vontade. O mais importante é que se divirta!”. Do mesmo modo que o livro desperta a criatividade das crianças, chama a atenção para as ilustrações de personagens da tirinha Macanudo. Enriqueta, Fellini, Madariaga, Z-25, O Misterioso Homem de Preto, Martinzinho, Olga, Picasso, Os Altos, Alejandro Escafandro, duendes, ovelhas, pinguins, sapos, caracóis, monstros e até uma participação especial do ET e de Darth Vader.
Para ler, jogar e se divertir sozinho ou acompanhado
Livros que viram jogos e que têm informações curiosas para aguçar a criatividade são boas opções para essa época antes das aulas. Por isso, os títulos a seguir propõem atividades “fora da caixinha”, com movimento, descobertas e narrativas clássicas.
Uma pequena caixa que cabe na palma da mão guarda um livro, um jogo cooperativo e muitas possibilidades de diversão. Primeiramente, a ideia nasceu das mirabolâncias de Francisco Marques, conhecido como Chico dos Bonecos. É ele que recria o conto tradicional “O cágado e a fruta” há 30 janeiros. Para o jogo, Chico fez um projeto em parceria com Cyrce Andrade e Taisa Borges, que ilustra a obra completa. Assim, ao descobrir que as histórias não tem começo, meio ou fim, Chico teve a ideia do jogo, que recria as cenas da história e coloca os jogadores na narrativa, quando a dona Raposa percebe que há 15 dias ninguém bate em sua porta para fazer uma tal pergunta.
Os almanaques fazem parte da infância de muitas gerações. Mas este, escrito por Ruth Rocha e sua filha Mariana, traz toda a turma presente no maior sucesso da autora, o livro “Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias”. Organizado pelos meses do ano, traz curiosidades, brincadeiras e atividades que as crianças podem fazer sozinhas ou acompanhadas. Por isso, a obra é diversão não só para as férias, mas pode seguir com os leitores o ano todo.
