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Criança indígena é a primeira a receber vacina contra a covid-19

Foto com funda amarelo mostra menino indígena de máscara, em primeiro plano, recebe vacina aplicada no braço por profissional de saúde.

Criança indígena é a primeira a receber vacina contra a covid-19

Chegou a vez da imunização das crianças. A primeira delas a receber a vacina infantil contra a covid-19 foi o menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos. O início da vacinação aconteceu nesta sexta-feira (14), por volta das 12h, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Ao todo, 15 crianças em tratamento de saúde receberam a primeira dose.

A prioridade são crianças com comorbidades ou deficiência, caso de Davi. Nascido em uma tribo de etnia Xavante, no Mato Grosso, o menino apresenta uma condição de saúde que afeta as pernas, sendo necessário andar com ajuda de uma órtese. De acordo com o governo de São Paulo, Davi e seu pai, o cacique Jurandir Siridiwe, fizeram viagens periódicas à capital durante nove meses para um tratamento no Instituto da Criança, do Hospital das Clínicas. No início de 2021, o menino passou a morar com uma tutora em Piracicaba, para realizar consultas rotineiras nas áreas de reabilitação e neurologia.

Nos postos de saúde da capital paulista e de demais cidades, a vacina infantil deve ser aplicada a partir de segunda-feira (17).

Vacina infantil contra covid-19: como vai funcionar?

No dia 13 de janeiro, o Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas infantis da Pfizer, a única autorizada no país para a nova campanha de imunização infantil, que abrange crianças de 5 a 11 anos. A expectativa do governo é vacinar 4,3 milhões de crianças nas próximas três semanas, e um total de 20 milhões no primeiro trimestre.

A agenda de imunização vai atender diretrizes semelhantes às dos adultos: crianças com comorbidades e deficiência permanente; indígenas e quilombolas; as que vivem com pessoas com risco para evolução da doença; e, por último, em ordem decrescente de idade – dos 11 aos 5 anos.

O intervalo será de oito semanas, sem informações sobre a necessidade de uma dose de reforço voltada a esse público.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a dose para crianças não deve ser administrada ao mesmo tempo que outras vacinas do calendário infantil. Além disso, o órgão recomenda um intervalo de 15 dias para a aplicação de outro imunizante.

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