Os pais Marina e Henri Zylberstajn foram pegos de surpresa com o diagnóstico do Pedro Zylberstajn, o Pepo, quando ele nasceu. A síndrome de Down não havia sido detectada durante a gestação. Pepo tem um ano e é o caçula de três irmãos. Diante da falta de informações e da dificuldade das pessoas ao abordar o assunto, os pais criaram a conta @PepoZylber no Instagram, para dividir a nova rotina familiar e as experiências e aprendizados com amigos e parentes. A partir de repercussão positiva, Henri e Marina foram além e criaram o “Projeto Serendipidade“, palavra que significa “o ato de descobrir coisas boas por acaso”.
“Esperávamos fazer com que pessoas que não conheciam o tema passassem a ter algum contato, testemunhando que levávamos uma vida comum e feliz”, explica Marina. A conta, no entanto, viralizou e, atualmente, tem mais de 100 mil seguidores.
O Serendipidade apoia causas de promovam a diversidade, divide com os seguidores o dia a dia e a rotina do Pepo, desmistifica o tema e mostra que a inclusão é um processo de desenvolvimento do mundo para todos os envolvidos. “Temos também um crowdfunding e a venda de camisetas para captar recursos”, diz Henri.
Ações do “Serendipidade”
Mais de duas mil crianças da Turma do Jiló, APAE-SP, CENHA, ADERE, Friendship Circle, Apoie, Simbora Gente, Associação Paradesportiva Jr e Alma de Batera, entre outras, estão sendo atendidas em diferentes programas.
Para este ano, as arrecadações do ‘Serendipidade’ também serão utilizadas em ações proprietárias, como o “Movimento Laços”, que dará suporte a famílias que recebem a notícia da síndrome de Down de seus filhos, e para o “Projeto de Iniciação Esportiva”, para crianças de três a sete anos com a deficiência intelectual.
“O Serendipidade foi criado com a intenção de quebrar alguns tabus ainda existentes no universo da diversidade. Queremos mostrar os benefícios que a convivência com a inclusão oferece a todos que com ela se envolvem”, afirma Henri.
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O que é síndrome de Down?
A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.
As crianças, os jovens e os adultos com a síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.
Fonte: Movimento Down