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Conheça 5 negócios que apoiam as mães empreendedoras

Mães empreendedoras: Uma mulher oriental, com pele branca e cabelos lisos na altura do ombro, está ao telefone, enquanto segura uma criança, também oriental, no colo. Ela está sentada em frente ao computador.

Dentro de grupos de mães nas redes sociais, uma frase volta e meia aparece: 

“Filhos costumam parir grandes empreendedoras”

Esse amontoado de palavras pode ser inspirador para mulheres que buscam um novo rumo à carreira após a maternidade, mas também evidencia a situação difícil em que muitas se encontram ao descobrirem que estão grávidas.

A falta de compreensão das lideranças corporativas, a ausência de flexibilidade dentro das empresas e o risco de desemprego amedrontam muitas mulheres. Com razão: 50% delas são demitidas até dois anos após a licença-maternidade, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Letícia Zappelini, mãe e fundadora da Ludolê Brinquedos, critica o processo de inflexibilidade na carga horária das empresas. “Infelizmente as leis do país para a licença-maternidade são muito restritivas”, afirma.

“Que mulher está preparada para deixar um bebê de quatro meses e retornar plena ao seu emprego de oito horas diárias?”

Ainda que a situação seja de vulnerabilidade, existem mulheres que decidem abrir o próprio negócio, seja por terem condições financeiras e desejo de empreender, por quererem trabalhar sem ter de lidar com as cansativas demandas das empresas ou até mesmo para ressignificar a dor da demissão. Segundo o Sebrae, 78% das mulheres brasileiras empreendem depois da maternidade.

Por isso, o Lunetas selecionou uma lista de iniciativas e negócios que apoiam mães empreendedoras nesse difícil equilíbrio entre carreira e maternidade. 

Iniciativas de mães empreendedoras

A história de Ana Laura Castro e Camila Conti no empreendedorismo materno se encontra no momento em que ambas descobrem uma gravidez. Ao contar aos chefes sobre a condição da gestação, elas foram demitidas. Desempregadas, decidiram criar um grupo no Facebook para tratar do tema sobre maternidade e trabalho. 

Com o grupo crescendo e as discussões por lá ganhando ressonância entre mais mulheres, Camila e Ana estrearam, em junho de 2015, um site para troca de informações, o Maternativa

O portal passou a funcionar como uma vitrine e já conta com milhares de mães, a maioria micro e pequenas empresárias, oferecendo serviços, desde artesanato e fotografia até consultoria empresarial. Por meio da plataforma Compre das Mães, que comercializa seus produtos, as mulheres podem viabilizar financeiramente seu próprio negócio.

Fundada em 2016, a B2Mamy é uma aceleradora de negócios com a proposta de selecionar mães empreendedoras de alto impacto e conectá-las a outras empreendedoras e ao ecossistema de startups. Especializada na jornada da maternidade, a  empresa ainda realiza cursos de aceleração, promove congressos, tem um clube para divulgar produtos e oferece um programa de mentoria.

A história da B2Mamy na área de empreendedorismo materno começou quando Danieli Junco, fundadora e CEO da empresa, descobriu que estava grávida enquanto participava de um programa de aceleração para mulheres empreendedoras. Teve a ideia de criar um grupo de discussão sobre maternidade e vida profissional. Na primeira reunião, esperava cinco pessoas, mas vieram 80 interessadas que deram início aos trabalhos da aceleradora.

A produtora cultural e jornalista Rosyane Silwa e a arte-educadora e mobilizadora Tuanny Miller criaram a empresa Compre de uma mãe preta”, a primeira plataforma de mapeamento, divulgação e vendas para mulheres (cis e trans), negras (pretas e pardas), afro-indígenas, indígenas e imigrantes negras que são mães e empreendem em produtos e serviços.

O objetivo do negócio é ser uma vitrine com produtos e produções dessas mulheres, visando facilitar a utilização de ferramentas para as vendas, fortalecer a divulgação e dar visibilidade aos negócios de cada mãe inscrita.

Ao se tornarem mães, as amigas Júlia Maturana e Daniela Del Nero tentaram encontrar condições físicas que possibilitassem estar ao lado dos filhos. Surgiu a Hugspost.co, um espaço de coworking que oferece estrutura corporativa integrada a um espaço infantil para atender às demandas de crianças dos seis meses aos quatro anos.

A ideia da empresa nasceu quando Júlia, grávida de seu segundo filho, não queria abrir mão da vida profissional e nem perder a infância dele – como já havia acontecido com o primogênito. Ela convidou a parceira Daniela que logo topou a ideia e juntas criaram o espaço.

A Ludolê Brinquedos e Brincadeiras de Verdade é um projeto que levanta a bandeira por uma infância sadia, brincante e repleta de experiências. A psicopedagoga Letícia Zappelini e sua equipe de educadoras realizam uma curadoria de brinquedos, livros e materiais que possibilitam o brincar integrado aos lares das famílias, como forma de potencializar e despertar interesses, gostos e talentos nas crianças.

O projeto sonhado por Letícia saiu do papel em 2018, quando já era mãe do Benício e da Maitê. A empreendedora passou por momentos de dificuldade, tentando equilibrar trabalho e família. Por meio da Ludolê, administra também bate-papos on-line para ajudar outras mães empreendedoras com questões de autoestima e inspiração.

“Mulheres, ao se tornarem mães, podem assumir lideranças mais empáticas, respeitosas e serem sábias e exitosas no mundo dos negócios”, afirma.

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