Uma experiência muito fofa que surgiu nas maternidades na Dinamarca: bebês prematuros com polvos de crochê feitos por voluntários e começou a ser difundida no Brasil no começo deste ano. O acessório ficou conhecido por deixar os pequenos que nasceram antes do tempo mais tranquilos, pois os tentáculos reproduziriam o cordão umbilical e o ambiente seguro do útero da mãe.
Em uma nota de esclarecimento publicada na última terça-feira, 25, o Ministério da Saúde afirmou que não recomenda o uso dos polvos com fins terapêuticos. A instituição explicou que, obviamente trazem benefícios, mas precisam passar por um rígido controle hospitalar para evitar infecções.
Reprodução/mynomadhome.com
Projeto Octo costura e doa polvos de crochê para bebês prematuros em UTIs neonatais na Dinamarca.
“Foi divulgado pela mídia, que o contato do recém-nascido com tentáculos do polvo simulariam o contato do bebê com o cordão umbilical intraútero. Contudo, as evidências mostram que o cordão umbilical, a placenta e as paredes uterinas oferecem outros estímulos e sensações (cheiro, sons, texturas, umidade e o pulsar). Além disso, o recém-nascido, ‘senhor de seu corpo e suas sensações’, sabe que o ambiente se modificou. O ritmo do corpo materno já foi perdido (Montagner, 2006), podendo ser parcialmente recuperado já que se oferece de outra forma, através da posição canguru”, informa a nota divulgada pela Coordenação do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do MS, em resposta aos questionamentos da Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno.