Você sabe de que forma o local onde você trabalha – ou o seu próprio empreendimento – contribuem para a promoção da igualdade de gênero? Muito além de salários iguais, a equidade entre mulheres e homens no ambiente de trabalho envolve uma série de fatores que demandam um olhar atento às necessidades de cada funcionário. Dentre elas, no caso das mães e mulheres empreendedoras, está a garantia de direitos para o exercício da maternidade.
A boa notícia é que acaba de surgir uma ferramenta para monitorar como medidas de igualdade de gênero vêm sendo implementadas pelas empresas e organizações. É a plataforma online WED Gender GAP Analysis Tool (Feramenta de Análiase de Diferenças de Gênero e Princípios de Empoderamento das Mulheres). A iniciativa é do Pacto Global, em paercia com a ONU Mulheres e o BID Invest. O lançamento aconteceu nesta segunda-feira, 12, em São Paulo.
Utilizada por mais de 800 empresas em 90 países, a tecnologia agora terá versão em português, e representa um passo importante na garantir de equidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
A ferramenta é gratuita e o uso é fácil e intuitivo. A plataforma garante confidencialidade das informações das empresas. A proposta é ajudá-las na avaliação de suas políticas internas, destacando pontos críticos que precisam ser melhorados.
Para começar, as empresas podem responder a um mini questionário com 18 questões de múltipla escolha que se inspiram em boas práticas de igualdade de gênero ao redor do mundo. Dentre os aspectos analisados, estão perfil de liderança, ambiente de trabalho, relação com o mercado e com a comunidade.
Maioria na sociedade brasileira, as mulheres correspondem a 43% da força de trabalho do país.
Panorama e impactos da desigualdade de gênero no Brasil
Um estudo do Banco Mundial — Mulheres, Empresa e o Direito 2018 — afirma ainda que se houvesse igualdade salarial entre homens e mulheres, o PIB (Produto Interno Bruto) mundial seria 26% maior. Já no PIB do Brasil haveria um aumento de 3,3%, ou seja, o equivalente a R$ 382 bilhões.
Esse é um aspecto importante, visto que há mais mulheres do que homens no país. Segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres correspondem a 51% da população, contra 48,5% dos homens. Ou seja, dos 207 milhões de brasileiros, aproximadamente 106 milhões são mulheres, e elas respondem por 43% da força de trabalho.
O levantamento do Banco Mundial indica também que o Brasil possui vários aspectos favoráveis às mulheres, que não se veem em sociedades mais rígidas, porém faltam medidas que assegurem a igualdade de gênero — como a licença parental e a remuneração igualitária entre homens e mulheres.
Fonte: pactoglobal.org.br