Muitas vezes, diante da perda de um parente ou amigo querido, os pais não sabem como abordar o assunto da morte com a criança. É comum, inclusive, que alguns evitem o tema. Não esconder a verdade e responder honestamente as dúvidas dos pequenos, no entanto, pode ajudá-lo a compreender melhor a finitude da vida.
Para quem está enfrentando esse momento, o projeto Vamos Falar Sobre Luto publicou uma matéria especial, com orientações para trabalhar o luto com as crianças. A matéria começa contando a história de uma mãe que contou à filha de seis anos que o bebê de uma amiga havia falecido. A menina chorou por vários dias, o que fez a mãe questionar se havia procedido bem em ter contado.
A respeito da questão, a psicóloga Isabela Hispagnol, especialista em luto e mestre pelo Laboratório de Estudos sobre o Luto (LELu) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), diz: “É importante o adulto se perguntar: ‘o que quero ensinar para meu filho com a resposta que dou pra ele?’ Se eu tenho dificuldade de lidar com aquela situação, vou ensinar que ele não consegue lidar com aquilo. E as crianças conseguem sim lidar com a perda”.
Ao contrário do que muitas vezes se diz, as crianças percebem sim ausências e perdas, por isso devem receber explicações claras, sempre compatíveis com sua idade. O psicólogo e terapeuta familiar Alexandre Coimbra Amaral fala, aliás, que a criança também tem o direito de vivenciar, à sua maneira, a dor da perda. E na hora de explicar a situação, segundo o especialista, é importante esclarecer que a pessoa que partiu não voltará mais.
Leia na íntegra o texto “Como contar para uma criança que alguém morreu“.