Novidade na última versão da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), as chamadas “competências socioemocionais” (ou CSE) deverão fazer parte do currículo escolar de todas as instituições de ensino do Brasil até 2019. Por isso, entender o que são, como aplicá-las no dia a dia e, principalmente, conversar com as crianças e os adolescentes sobre o tema de forma honesta e com disponibilidade de escuta é de importância fundamental.
Pensando nisso, a Nova Escola, com o apoio do Facebook, acaba de lançar um livro digital focado no assunto. O e-book Competências Sociemocionais está disponível para download gratuito, e pode ser utilizado como material de apoio tanto na sala de aula quanto em casa.
‘”O desenvolvimento das competências socioemocionais podem ajudar a realidade da escola”, afirma o livro.
O que são competências socioemocionais?
As CSE compõem um modelo teórico vindo do campo da psicologia. Elas são utilizadas por entidades brasileiras e estrangeiras para estudar como aspectos da personalidade podem
influenciar no processo de ensino e aprendizagem.
“Os trabalhos sobre as CSE vêm do campo da psicologia. Depois dos anos 1930, pesquisas se debruçaram sobre quais seriam as palavras usadas para descrever os traços da personalidade humana e, a partir da década de 1980, essa lista foi reduzida a cinco principais eixos: abertura ao novo (curiosidade para aprender, imaginação criativa e interesse artístico), consciência ou autogestão (determinação, organização, foco, persistência e responsabilidade), extroversão ou engajamento com os outros (iniciativa social, assertividade e entusiasmo), amabilidade (empatia, respeito e confiança) e estabilidade ou resiliência emocional (autoconfiança, tolerância ao estresse e à frustração).”
(Fonte: e-book Competências Sociemocionais)
Bullying, ansiedade, depressão, medo, agressividade. Tudo isso pode fazer da rotina escolar de milhares de crianças e crianças no Brasil todo. Lidar com essas questões é o que se chama de habilidade ou competência socioemocional. É compreender que a educação não passa somente por ensinar capacidades cognitivas, ou disciplinas fechadas como matemática ou ciências, mas também habilitar a criança e o adolescente a nomear, compreender e lidar com suas emoções, e assim poder abarcar também os sentimentos dos outros. Ou seja, é contemplar, nos processos educativos, a dimensão emocional do estudante, a fim de respeitá-lo como indivíduo pleno com demandas que ultrapassam os limites palpáveis, visíveis e físicos.
E o resultado quando se ignora isso pode ser desastroso. Uma pesquisa da Nova Escola realizada com mais de 5 mil educadores brasileiras revelou que 54% já enfrentaram problemas de saúde mental. O relatório Um Rosto Familiar: A Violência na Vida de Crianças e Adolescentes, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), aponta que cerca de 130 milhões de estudantes entre 13 e 15 anos (pouco mais de um em cada três) sofrem bullying, um dos problemas que mais intimamente se relacionam à ocorrência de depressão e suicídio.
Clique aqui para conhecer e baixar o e-book Competências Socioemocionais, indique para professores próximos de você e estimule as crianças e os adolescentes a um diálogo aberto sobre emoções e sentimentos.
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