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Férias: está aberta a temporada do ‘pai de selfie’, diz mãe

Quem ama cuida. Sem cuidado, não há amor. De nenhum tipo, em qualquer relação, reflete a colunista Flavia Azevedo em texto sobre negligência paterna.

Flavia Azevedo, colunista do jornal Correio 24 Horas, da Bahia, escreveu um texto que, infelizmente, ainda gera pronta identificação em muitas mulheres. O assunto? Negligência paterna.

No texto, ela ressalta que, no período de férias escolares, a discrepância entre o papel de mãe e o papel de pai fica ainda mais evidente, graças a uma figura que muitas mães conhecem bem: o “pai de selfie”, aquele que vive das aparências de ser pai, mas sem cuidar ou educar.

“Está aberta a temporada de exibição dele: o cara mais engraçadinho das galáxias. Aquele que deixa dormir bem tarde (e sem escovar os dentes!), que libera o tablet por tempo indeterminado, que leva ao shopping dia sim e no outro também. Aquele para quem pizza é comida de todo dia, para quem refrigerante é água. O adulto que concorda: pra que tanto banho, afinal?”, escreve.

Flavia pondera como a responsabilidade pela integridade, saúde e rotina da criança muitas vezes recaem sobre as mães, ficando para os pais a tarefa de divertir e brincar. Segundo ela, é essa diferença que acaba levando a uma atitude permissiva dos pais que vilaniza as mães.

“Nas boas hipóteses (porque muitos nem isso fazem) o pai de selfie aparece nas férias e a performance é grandiloquente. Pode almoçar chocolate com linguiça? Siiimmmm!!! Abandonar o aparelho ortodôntico? Tambééémmmm!!! Maratonar desenho animado enquanto papai dorme no sofá? Claro, baby!!!! Precisa de protetor solar? Pra queeee??”, problematiza a jornalista.

“Quem ama cuida. Sem cuidado, não há amor. De nenhum tipo, em qualquer relação”, reflete a colunista Flavia Azevedo em texto sobre negligência paterna.

A reflexão da jornalista é que a responsabilidade é construída no dia a dia, e deve ser dividida de forma equilibrada para estabelecer uma relação saudável entre as crianças e os pais.

“Não é uma competição da habilidades recreativas por mais que ele encare assim. Trata-se de ser pai e mãe. E isso inclui lazer e cuidados. Quem fica só com o lazer, obviamente, não está cumprindo o papel. É meramente GO de resort, o cara da recreação. Difícil a criança entender. Desnecessário dizer com todas as letras porque isso machuca a criança. Pai também é patrimônio afetivo, mesmo os que nem mereciam ser. Basta que a gente saiba e siga na missão”, diz Flavia.

O texto passa pelos dilemas da mãe consciente que conhece bem o limite tênue entre enfrentar a realidade de um pai ausente e estimular a alienação parental.

“A depender de cada família, de como são as relações e necessidades das crianças, as férias escolares são, sim, osso duro de roer para as mães. O coração fica apertado, não dá pra não pensar. Quer ver que não é exagero? Pai de selfie dos filhos da minha amiga, interrompe tratamento de saúde de um deles e é certo o garoto baixar hospital. Aí ele some, claro. Ela cuida, mas não pode dizer que foi culpa dele. Não na frente dos meninos. Seria alienação parental”, reflete o texto.

Clique aqui para ler o texto completo.

 

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