Famílias consumidoras e educação como um bem: até quando?

É preciso repensar as práticas escolares que atendam a ânsia do mercado

Laboratório de Educação Publicado em 28.09.2018
famílias consumidoras: imagem em preto e branco de uma criança levantando o dedo na sala de aula

Resumo

O Toda Criança Pode Aprender nos provoca a refletir sobre o papel da escola. Escola é a preparação para o mundo do trabalho? Confira!

Por que será que damos tanta importância e cobramos as crianças pelo alto rendimento escolar? Esta exigência está diretamente relacionada ao desenvolvimento infantil pleno e com ampliação de aprendizagem? Estamos convivendo em um mundo em que as famílias viram consumidoras, sem enxergar o valor real da educação?

Para o sociólogo e coordenador pedagógico  José Ruy Lozano há uma pressão excessiva que é colocada a partir do momento em que as expectativas de resultados acadêmicos sejam muito elevados. Assim, a educação passa a apenas a atingir os poucos que conseguem atender a estas metas. Ele é contra a ideia de que famílias (e estudantes) sejam vistas como consumidoras e a educação com um bem, quando, na verdade, educação é um direito de todas as crianças.

Lozano explica que as atividades escolares passam a ser atravessadas por questões de mercado e de empreendedorismo, com foco exclusivo no mundo do trabalho, ao invés de pontos de desenvolvimento integral na infância, que deve envolver a produção de conhecimento, a ampliação de repertório, a experimentação e a convivência comunitária.

“Está na hora de repensar algumas práticas escolares, especialmente aquelas que visam atender a ânsia do mercado, a busca por sucesso a qualquer preço, à custa dos tempos e espaços que são próprios da infância e da juventude”

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